sábado, 29 de dezembro de 2012

Alta da gasolina em 2013 resolverá problema de abastecimento

29/12/2012 07:46 - Atualizado em 29/12/2012 07:46

Bruno Porto - Do Hoje em Dia


Agência Petrobras/Divulgação
Refinaria Gabriel Passos
Refinaria Gabriel Passos, em Betim: Petrobras não tem como processar todo o petróleo consumido

O aumento do preço da gasolina para alavancar o uso do etanol pode ser a saída para o déficit do derivado de petróleo em território nacional, com sinais de agravamento em Minas Gerais. Se o governo autorizar o reajuste da gasolina, o álcool pode ganhar atratividade nas bombas e arrefecer a demanda por gasolina.

O consumo de gasolina atinge o pico em dezembro, o que evidencia graves problemas estruturais do país, como a falta de refinarias e a saturação dos portos e rodovias, utilizados após a importação de combustível.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Paulo Miranda Soares, acredita que em janeiro a gasolina terá o preço reajustado.

“Há dois anos a Petrobras pede um reajuste de 15% para amenizar seus prejuízos, já que pratica preços defasados e isso mina sua capacidade de investimentos”, diz. Pelo raciocínio de Soares, como neste ano o governo permitiu reajuste de 6%, o próximo deve ficar entre 8% e 10%, com impacto de 6% para o consumidor final.

Sobre a falta de gasolina em Minas Gerais, onde no interior alguns postos bandeira branca estão secos e na capital existe um racionamento velado, com entrega de gasolina em volumes inferiores ao contratado, o presidente da Minaspetro disse se tratar de um problema pontual.

“Estamos no pico do consumo, existem navios que trazem gasolina que estão parados esperando vaga nos portos. Mesmo quando esse combustível chegar, ele é distribuído por rodovia, o que agrava a situação. Ainda existe a necessidade de pelo menos mais quatro refinarias no país”, afirma.

Em audiência no Senado Federal em setembro, a presidente da Petrobras, Maria Graça Foster, admitiu que, mesmo após a operação de mais quatro refinarias, ainda haverá necessidade de importação.

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