sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Operação da PM no Aglomerado da Serra deve durar todo o dia

No início da manhã, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Favela do Cafezal, mas nenhum material ilícito foi encontrado. Militares farão outras ações nesta sexta-feira.

Cristiane Silva-Estado de Minas
Publicação: 04/01/2013 11:06 Atualização: 04/01/2013 12:35

O objetivo é garantir a segurança da comunidade e uma presença ostensiva da polícia (Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
O objetivo é garantir a segurança da comunidade e uma presença ostensiva da polícia
Policiais militares devem permanecer no Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, durante toda esta sexta-feira em uma operação desencadeada no início da manhã. Até o momento, um adolescente de 14 anos foi apreendido com drogas. Segundo o major José Roberto, comandante do 22º Batalhão, o adolescente foi detido em uma motocicleta na Favela do Cafezal, que pertence ao aglomerado. Com ele, foram encontradas várias porções de drogas, entre maconha e cocaína. Ele deve ser encaminhado ao Centro Integrado de Apoio ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH).
Por volta das 6h, 177 homens das polícias Militar e Civil subiram o aglomerado para o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão. Os endereços foram visitados, mas nenhum material suspeito foi localizado. Assim, a operação entrou em uma nova fase. “Agora estamos na segunda fase, que é a de manutenção de operação nos aglomerados. Nós temos equipes do Comando de Policiamento da Capital, do Comando de Policiamento Especializado em operação presença, operação impacto, batida policial”, explica o major José Roberto.

A ação policial vai continuar ao longo desta sexta também com a abordagem de veículos e pedestres. O militar ressalta que esta é uma ação de rotina realizada em todos os locais da cidade. O objetivo é garantir a segurança da comunidade e uma presença ostensiva da polícia.
Protestos

Em 26 de novembro do ano passado, o Aglomerado da Serra foi palco de uma série de protestos contra a polícia após a morte do pedreiro Helenilson Eustáquio da Silva Souza, de 24 anos, com um tiro disparado por um sargento da PM. Na época, a família da vítima alegou abuso da corporação na abordagem. Os policiais envolvidos na ocorrência disseram que o jovem estava armado, em companhia de três homens.

Helenilson tinha envolvimento com o tráfico e mandado de prisão em aberto. Veículos foram queimados. Na semana do assassinato do pedreiro, o transporte coletivo e o serviço de coleta de lixo foram suspensos, prejudicando os moradores da comunidade.

O sargento Dalson Ferreira Vitor foi preso em flagrante pela morte do morador. Ele foi solto pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e foi mantido no no Grupo Especializado em Patrulhamento de Áreas de Risco (Gepar). O sargento foi indiciado por homicídio doloso e responderá na Justiça comum pela morte do pedreiro.

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