quarta-feira, 6 de março de 2013

B.H: Não adianta esperar: preço dos imóveis não vai cair

2012
Valores estão "só" acomodados, dizem analistas; terrenos continuam caros
Publicado no Jornal OTEMPO em 06/03/2013

JULIANA GONTIJO
FOTO: LEO FONTES / O TEMPO - 28.10.2011
Vidro, alumínio, aço e concreto estão mais caros, diz o setor
Quem está aguardando um recuo no preços dos imóveis na capital para realizar o sonho da casa própria neste ano pode repensar seu plano. É que, segundo especialistas, 2013 não será um ano de baixa no valor, apesar do recuo de 27,11% na venda de apartamentos no ano passado frente 2011, conforme pesquisa do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
No ano passado foram comercializadas 2.716 unidades em Belo Horizonte, enquanto que, em 2011, foram 3.726 vendidas.
O professor do curso de MBA em gestão de negócios imobiliários e da construção civil da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBS), Paulo Porto, aposta na acomodação de preços na capital pelos próximos dois anos, fruto da redução do número de lançamentos. "Em termos de volume de vendas, a redução deve ficar na casa dos 5%", diz.
O diretor da área imobiliária do Sinduscon-MG, Bráulio Franco Garcia, também disse acreditar na estabilidade. "Não há espaço para queda nos preços. Afinal, os terrenos continuam caros em Belo Horizonte e o custo da construção aumentou. Vidro, alumínio, aço e concreto foram alguns insumos que tiveram alta, e a mão de obra está cara", analisa.
Ele afirma que o cenário para o mercado imobiliário na capital não vai sofrer alteração. "É um mercado restrito, represado. Para conseguir preços melhores, a saída são as cidades do entorno de Belo Horizonte, onde há mais lançamentos. É o jogo do mercado, oferta e demanda", observa. Ele destaca que os lançamentos tiveram redução de 29,04% em 2012 frente 2011.
Edifícios
Taxas de condomínio sobem 9,4%
Enquanto as taxas de condomínios de Belo Horizonte subiram 9,46% em 2012, a média de inadimplência dos condôminos foi de 9,25%. Os dados constam de levantamento feito em cerca de mil condomínios residenciais e comerciais da capital mineira, divulgado pela Câmara do Mercado Imobiliário e pelo Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais.
Os maiores índices foram registrados nos meses de julho e setembro de 2012 – 10,25% e 10,24%, respectivamente. A variação da média de reajustes das taxas de condomínio de prédios residenciais de alto padrão foi de 4,88%, de médio padrão, 10,36% e, de baixo padrão, 13,14%.
A mesma pesquisa mostra que, em janeiro deste ano, os moradores de imóveis populares de um quarto pagavam em média R$ 33,78 de taxa de condomínio. Os de dois quartos, pagavam R$ 141,18 nos populares e R$ 414,33 nos de luxo. E os moradores de apartamentos com mais de quatro quartos e dois banheiros arcavam com R$ 893,15, em média. (Da redação)

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