Segundo a Polícia Civil, ele responde por crimes contra homossexuais
Pedro Ferreira - Estado de Minas
Publicação: 10/04/2013 06:00 Atualização: 10/04/2013 08:44
Pedro Ferreira - Estado de Minas
Publicação: 10/04/2013 06:00 Atualização: 10/04/2013 08:44
Muro do prédio em que Antônio Donato Baudson Peret mora, no Bairro Santo Antônio, apareceu pichado com ameaças e a palavra 'nazista' |
Antônio Donato Baudson
Peret, de 24 anos, que na última sexta-feira (dia 5) postou uma
fotografia dele numa rede social se identificando como skinhead e
tentando enforcar um morador de rua com uma corrente, na Savassi, Região
Centro-Sul de Belo Horizonte, responde a três processos na Justiça por
crimes contra homossexuais, e a situação dele pode piorar. O Ministério
Público Estadual (MPE) começou a analisar ontem um pedido de
providências contra Baudson Peret, encaminhado pelo Centro Nacional de
Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores
de Material Reciclável (CNDDH).
A Polícia Civil está
levantando a participação do suspeito em crimes de agressão contra gays e
moradores de rua atribuídos a um grupo de skinheads que ataca na
Savassi e na Praça da Liberdade, na mesma região da capital. Antônio
Donato Baudson Peret foi visto pela última vez no sábado, quando deixava
o prédio em que mora, no Bairro Santo Antônio, levando uma mala. Na
madrugada de domingo, o muro do edifício foi pichado com ameaças e com
ele sendo chamado de nazista.
“É um caso que demonstra extremo preconceito e desrespeito e precisa ser apurado. Devemos combater esse tipo de situação e viver numa sociedade em que todas as pessoas sejam respeitadas com dignidade”, disse a advogada da CNDDH, Maria do Rosário de Oliveira Carneiro. Segundo ela, uma equipe está tentando localizar o morador de rua. O MPE informou que vai analisar o teor da representação e adotar as medidas cabíveis.
“É um caso que demonstra extremo preconceito e desrespeito e precisa ser apurado. Devemos combater esse tipo de situação e viver numa sociedade em que todas as pessoas sejam respeitadas com dignidade”, disse a advogada da CNDDH, Maria do Rosário de Oliveira Carneiro. Segundo ela, uma equipe está tentando localizar o morador de rua. O MPE informou que vai analisar o teor da representação e adotar as medidas cabíveis.
Saiba mais...
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De acordo com a Polícia Civil, Antônio
Donato já se envolveu em três ocorrências de agressão contra
homossexuais. O caso mais grave ocorreu em 7 de setembro de 2011, quando
ele, então com 23 anos, foi preso com um adolescente de 17 por espancar
com chutes e soco inglês um casal gay na Praça da Liberdade. Uma das
vítimas. G. H. S. H., de 18 anos, foi chamada de “gay safado” e ainda
levou um golpe de canivete no ombro direito. Ao cometer o crime, Antônio
Donato teria dito que não tolerava gay. O caso foi encaminhado à
Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) e
depois ao Juizado Especial da Juventude. No entanto, segundo a
assessoria do Fórum Lafayette, não há nenhuma movimentação processual em
relação a esse crime.
Em 15 de abril de 2011, Donato e outros três rapazes se envolveram em outro crime de lesão corporal ao atacar um adolescente de 16 anos na Avenida Getúlio Vargas, na Savassi. O garoto disse que foi agredido sem motivo algum, com socos na barriga e na boca. O caso foi levado ao Juizado Especial Criminal. Os comparsas de Peret aceitaram uma transação penal e pagaram três meses de prestação de serviços gratuitos à comunidade, por injúria, ameaça e lesão corporal. Como Antônio Donato não aceitou, seu caso ainda está para ser julgado. A última audiência foi em 19 de março. O terceiro crime foi em 5 de janeiro de 2009, também na Savassi, e teve como vítima um homossexual de 19 anos. O processo foi arquivado sem ser julgado, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça.
TESTEMUNHAS Comerciantes da Savassi contam que já presenciaram várias agressões cometidas por Donato. O dono de um bar lembra que às 15h de um sábado o acusado e dois rapazes tomavam cerveja e saíram correndo atrás de dois gays na Rua Tomé de Souza, para bater. “Eles sempre estão querendo bater em alguém e não perdoam nem hippie. O papo deles é só de briga, de luta marcial”, disse o comerciante. Ele conta que, quando houve o ataque dos gays na Praça da Liberdade, Donato e outros rapazes tentaram se esconder em seu bar, mas foram postos para fora e presos pela PM.
Vizinhos de Donato também estão assustados. “Acho um absurdo existir uma pessoa com esse tipo de comportamento”, disse a estudante Micheline Gurian. “Isso não é um ser humano”, reagiu a analista de sistemas Amanda Sena, de 39. “O mundo está ficando doido. Eu não sabia que podia haver alguém assim como ele”, disse a publicitária Renata De Laura, de 59. O grupo de Donato é acusado de também aterrorizar locais frequentados por gays na Savassi. Em um vídeo postado na comunidade Anarquistas Ensinam, vários deles aparecem dançando e fazendo símbolos nazistas, todos usando calças camufladas, suspensórios e com a cabeça raspada.
Em 15 de abril de 2011, Donato e outros três rapazes se envolveram em outro crime de lesão corporal ao atacar um adolescente de 16 anos na Avenida Getúlio Vargas, na Savassi. O garoto disse que foi agredido sem motivo algum, com socos na barriga e na boca. O caso foi levado ao Juizado Especial Criminal. Os comparsas de Peret aceitaram uma transação penal e pagaram três meses de prestação de serviços gratuitos à comunidade, por injúria, ameaça e lesão corporal. Como Antônio Donato não aceitou, seu caso ainda está para ser julgado. A última audiência foi em 19 de março. O terceiro crime foi em 5 de janeiro de 2009, também na Savassi, e teve como vítima um homossexual de 19 anos. O processo foi arquivado sem ser julgado, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça.
TESTEMUNHAS Comerciantes da Savassi contam que já presenciaram várias agressões cometidas por Donato. O dono de um bar lembra que às 15h de um sábado o acusado e dois rapazes tomavam cerveja e saíram correndo atrás de dois gays na Rua Tomé de Souza, para bater. “Eles sempre estão querendo bater em alguém e não perdoam nem hippie. O papo deles é só de briga, de luta marcial”, disse o comerciante. Ele conta que, quando houve o ataque dos gays na Praça da Liberdade, Donato e outros rapazes tentaram se esconder em seu bar, mas foram postos para fora e presos pela PM.
Vizinhos de Donato também estão assustados. “Acho um absurdo existir uma pessoa com esse tipo de comportamento”, disse a estudante Micheline Gurian. “Isso não é um ser humano”, reagiu a analista de sistemas Amanda Sena, de 39. “O mundo está ficando doido. Eu não sabia que podia haver alguém assim como ele”, disse a publicitária Renata De Laura, de 59. O grupo de Donato é acusado de também aterrorizar locais frequentados por gays na Savassi. Em um vídeo postado na comunidade Anarquistas Ensinam, vários deles aparecem dançando e fazendo símbolos nazistas, todos usando calças camufladas, suspensórios e com a cabeça raspada.
Um comentário:
Normalmente ele fica na rua Alagoas com Antônio de Alburquerque, à parti das 18:00 aproximadamente....depois que faz a reciclagem do dia......depois desse episódio ele anda sumido..... Esses moradores de rua são pessoas que precisam de muita ajuda, desintoxição das drogas, ajuda psicológica até conseguir reintegração na sociedade....pq fome eles ñ passam.......precisam em acreditar que a vida pode proporcionar muito mais, além da droga...a droga é um refúgio de vida ruim. Espero que trabalhem em prol dessa causa.
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