26/05/2013 07:50 - Atualizado em 26/05/2013 07:50
Antônio Cruz/ABr
Pimentel é acusado de apropriação de bens públicos e superfaturado a compra de câmeras do Olho Vivo
A divulgação dos detalhes da denúncia da Procuradoria Geral da
República contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior – e possível coordenador da reeleição de Dilma Rousseff à
Presidência –, Fernando Pimentel, carregou o arsenal dos aliados do
senador Aécio Neves e da oposição ao governo federal.
Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito, sob a relatoria
do ministro José Dias Toffoli, de um caso que veio à tona em 2010,
conforme publicado pelo Hoje em Dia em 27 de fevereiro daquele ano e em 19 de outubro de 2012.
Pimentel foi acusado de ter se apropriado de bens públicos e
superfaturado a compra do sistema de câmeras de sistema de vigilância do
Projeto Olho Vivo, instalado nas ruas de BH para saldar dívidas do PT
com o publicitário Duda Mendonça, responsável pelas campanhas eleitorais
do partido.
De acordo com a edição deste sábado (25) da “Folha de S.Paulo”, o
inquérito entregue pela Procuradoria ao Supremo Tribunal Federal (STF)
mostra que as investigações contra Pimentel apresentaram “indícios de
autoria que permitem com segurança apontar o denunciado como autor dos
delitos”.
De acordo com o presidente municipal do PSDB, deputado estadual João
Leite, o petista deixou a PBH “tendo muito a explicar”. “Ele foi um
péssimo gestor. Infelizmente, na passagem dele ficaram várias coisas a
ser esclarecidas”, afirmou.
Na rede social Twitter, o ex-deputado e atual presidente do PTB –
partido da base de Dilma, que enfrenta um racha interno –, Roberto
Jefferson, comentou que “é mais um constrangimento para a presidente
Dilma”. “O ministro nega a acusação, diz que a notícia é requentada e
que a assinatura do convênio cumpriu todas as exigências da lei. No ano
passado, Pimentel foi acusado de receber dinheiro da Federação das
Indústrias de Minas sem a contrapartida em serviço. Caberá ao ministro
Tofolli decidir se abre ação penal”, disse.
A origem do dinheiro, segundo denúncia apresentada pela Promotoria de
Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais,
seria um contrato com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para
implantação do Programa Olho Vivo.
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