Vale do Aço
Agentes suspeitos de envolvimento em corrupção vão deixar a região
Subcorregedor afirma que não é preciso afastar os policiais que são investigados
PUBLICADO EM 23/05/13 - 3h0
Oito policiais civis envolvidos em crimes de corrupção e extorsão no
Vale do Aço vão continuar na ativa, mesmo sendo indiciados pela
Corregedoria da Polícia Civil. A chefia da corporação determinou apenas
que eles fossem transferidos para delegacias de Belo Horizonte e da
região metropolitana da capital. A transferência, publicada no “Minas
Gerais” anteontem, foi solicitada há mais de um mês pelo subcorregedor
da corporação, Élder Dângelo.O parlamentar informou, através da assessoria de imprensa, que ainda está avaliando se vai manter o mandato em Ipatinga, já que ele será transferido para a delegacia de Venda Nova, em Belo Horizonte. Ele se mantém nas funções de investigador e vereador por serem cargos de esferas diferentes.
Na último dia 15, a reportagem de O TEMPO mostrou dois inquéritos da Corregedoria, divulgados pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), Durval Ângelo (PT), encerrados no fim de abril, que indiciavam quatro policiais civis – dois delegados e dois investigadores – por participação em esquema de corrupção. O jornalista Rodrigo Neto, assassinado em 8 de março deste ano, apurava essas fraudes.
Esses policiais foram transferidos para Belo Horizonte, Santa Luzia e Sabará. O deputado acredita que, entre as demais transferências, existem envolvidos com grupos de extermínio. “São pessoas que têm problemas antigos. O correto seria o afastamento e a prisão desses policiais. Outros que foram transferidos continuam praticando crimes”, disse Durval Ângelo.
Negativa. O subcorregedor Élder Dângelo negou que os policiais estão envolvidos em mortes. “Não há necessidade de prisão ou de afastamento porque eles não atrapalham as apurações”, disse. Segundo ele, por enquanto, não estão previstas novas transferências ou prisões.
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