Samuel Costa/Hoje em Dia
Bárbara passeia diariamente com a shitzu, mas presta atenção no que a cadela cheira e onde pisa
Ingerir, farejar ou simplesmente carregar nas patas alimentos ou água
contaminados por cistos de um protozoário, a giárdia, pode provocar uma
infecção intestinal e gástrica no animal de estimação: a giardíase.
Segundo Lucas Maciel Cunha, especialista em medicina veterinária
preventiva, a doença é a segunda maior causa de gastroenterites
hemorrágicas em cães e deve ser prevenida.
“O melhor a fazer é prestar atenção no comportamento do animal,
principalmente na rua. Apatia, perda de apetite, vômito e fezes com
sangue são indicativos da doença”, alerta.
Cuidado especial
A shitzu Lila, de 1 ano, foi contaminada no fim do ano passado. A dona
dela, a dentista Bárbara Rezende Neves, de 29 anos, notou que a
cadelinha estava diferente.
“Muito quietinha e fez cocô em casa, coisa que nunca acontece. As fezes também estavam pastosas e com sangue”, conta.
Lila ficou dois dias internada e o diagnóstico foi certeiro: giardíase.
Ela passou por exames e foi medicada com soro e antibiótico.
A rotina de passeios diários foi mantida, conta Bárbara, mas a atenção
acabou redobrada. “Quando chegamos em casa, lavo as patinhas dela com o
mesmo xampu que dou banho e, na rua, evito deixar que ela cheire cocô ou
xixi de outro cão e postes”, acrescenta.
O veterinário Lucas Maciel explica que o diagnóstico da doença, que se
não for tratada pode levar à morte do animal, é feito também por meio de
exame clínico.
“Como os sintomas são muito característicos, exames laboratoriais podem nem ser tão necessários”, afirma.
Infecções comuns, intoxicação por veneno e parvovirose têm sintomas
semelhantes aos da giardíase. O ideal, portanto, é buscar tratamento
médico. Por se tratar de uma zoonose (doença de animais), a giardíase
pode ser transmitida ao homem.
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