quarta-feira, 1 de maio de 2013

Trabalhador comemora alta da renda e do emprego nas capitais brasileiras

01/05/2013 07:41 - Atualizado em 01/05/2013 07:41

Janaína Oliveira - Hoje em Dia


Flávio Tavares/Hoje em Dia
Trabalhador comemora alta da renda e do emprego nas capitais brasileiras
Com o mercado de trabalho aquecido, empregados tiveram ganhos salariais
O Dia do Trabalho, comemorado nesta quarta-feira (1º) concomitantemente ao aniversário de 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), chega em uma época em que o mercado de trabalho passa por um de seus melhores momentos.
A taxa de desemprego nunca esteve tão baixa. No conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluindo Belo Horizonte, o desemprego fechou 2012 em 5,5% e março de 2013 em 5,7%, o menor patamar para o mês em 10 anos. Os salários estão em alta e é comum entre os empresários a reclamação sobre a falta de mão de obra. Profissional bom virou alvo de disputa.
Os desafios, porém, ainda são enormes. Nas principais capitais do país, mais da metade dos trabalhadores não possuem carteira assinada. É um exército de 11,7 milhões de brasileiros à margem da lei, sem quaisquer direitos, como Fundo de Garantia e Seguro Desemprego. O número é ainda mais assustador se levado em conta todo o território nacional. Aí, são quase 19 milhões contratados na ilegalidade.
“O percentual da população ocupada no setor formal tem avançado de forma gradual e lenta, embora contínua. Porém, se observamos, o outro lado da taça está vazia. São milhares de brasileiros sem registro, muitas vezes exercendo funções em condições precárias”, analisa o pesquisador e professor de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Mário Rodarte.
 
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Ao grave problema da informalidade soma-se a discriminação. Segundo Rodarte, apesar da taxa de desemprego em patamares recordes, mulheres e negros ainda sofrem com os piores empregos e salários. Os jovens, por sua vez, também enfrentam mais problemas de inserção.
“Entre aqueles com idade entre 16 e 24 anos, a desocupação chega a 12%. É bem menos que os 27% de cinco ou seis anos atrás. Mas, ainda assim, mostra a dificuldade na travessia da vida escolar para a produtiva”, diz.
Outra lacuna é a qualificação. Para o pesquisador, existem políticas que precisam ser incrementadas. E uma delas é a informação sobre o acesso às oportunidades e programas de requalificação para futura inserção.
“A maior infelicidade do trabalhador é ficar sem renda da noite para o dia, e sem perspectivas”, diz ele, que defende um seguro desemprego universal, com a inclusão do setor informal.
Para o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Osmani Teixeira de Abreu, as melhoras para o trabalhador são sentidas no bolso e na vida pessoal. Porém, quem não tiver qualificação será alijado do mercado. “Aquele emprego em que a pessoa só carregava peso acabou”, afirma.

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