Via: Blog da Renata
Pistolas Glock
Não é novidade para os policiais brasileiros que as armas de fogo da fabricante austríaca Glock são muito mais seguras, resistentes e eficientes que as conhecidas e distribuídas nas polícias brasileiras. O problema é que, no Brasil, há resistências à importação de armas de fabrico internacional, como a Glock – no caso do uso particular, mesmo para o policial, só são autorizadas as armas de uso permitido, neste caso, pistolas .380.
A novidade é que a Glock está se mobilizando para instalar uma fábrica no país:
A
empresa austríaca Glock, fabricante das famosas pistolas automáticas
que levam seu nome, está negociando com o Exército a instalação de uma
fábrica de armas no Brasil. A companhia já teria escolhido o Rio de
Janeiro como sua base de produção local. Além de abastecer o mercado
nacional, em especial o das Forças Armadas, a Glock deve usar a unidade
brasileira para atender os demais países da América Latina. Em e-mail
enviado à DINHEIRO, a fabricante confirmou seus planos, mas não definiu
uma data para começar a operar. Sua maior dificuldade, no entanto, será
superar o lobby da gaúcha Taurus, que atualmente equipa a maioria das
forças policiais do País e que, no passado, impediu os austríacos de
darem seus tiros por aqui.
Em
2006, a empresa chegou a anunciar a construção de uma fábrica em Minas
Gerais, na qual seriam investidos R$ 30 milhões. De início, os planos
contavam com o apoio do Exército. A ideia era fazer uma sociedade com a
estatal Imbel, fabricante de fuzis e pistolas vinculada às Forças
Armadas. Um ano depois, as negociações azedaram por conta das exigências
feitas pelo governo para autorizar a construção da fábrica. Na época, o
presidente da Glock na América Latina, o brasileiro Luiz Antônio Horta,
em entrevista à revista ISTOÉ, afirmou que seria a fábrica mais moderna
do mundo. “Mas o lobby da Taurus não deixa o projeto andar”, disse o
executivo. O esforço austríaco para construir sua fábrica no Brasil e
não se explorar a via da exportação se justifica.
Por
lei, as Forças Armadas só podem comprar armamentos de fabricantes
estabelecidos no País. É verdade que as polícias civis e militares podem
importar pistolas. Mas a Glock tem tido pouco sucesso nesse mercado. É
um cenário bem diferente do que acontece nos Estados Unidos, onde suas
armas equipam mais de 65% das forças policiais. Em Hollywood, elas
também são cultuadas e ganharam frases de efeito, como a do austríaco
Arnold Schwarzenegger, no filme Fim dos Dias (1999): “Só confio em Deus e
na minha Glock”. No Brasil, por enquanto, apenas o cinema parece ter se
rendido ao carisma dos austríacos. No filme Tropa de Elite 2, os
integrantes das temidas milícias cariocas ostentavam com orgulho suas
pistolas Glock 17. Procurada, a Taurus não deu entrevista.
Na medida em que é necessário que os policiais brasileiros qualifiquem seu equipamento, estando tecnicamente aptos para atuar, é positivo que a Glock se instale no Brasil, garantindo a possibilidade de melhores condições de trabalho para nossas polícias.
Política, Cidadania e Dignidade/MG
Na medida em que é necessário que os policiais brasileiros qualifiquem seu equipamento, estando tecnicamente aptos para atuar, é positivo que a Glock se instale no Brasil, garantindo a possibilidade de melhores condições de trabalho para nossas polícias.
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