11/06/2013 06:26 - Atualizado em 11/06/2013 06:26
O sétimo balanço do PAC 2, o Programa de Aceleração do Crescimento, foi divulgado na segunda-feira (10) numa entrevista coletiva em Brasília,
um dia depois da publicação da pesquisa do instituto Datafolha que
indicou queda de oito pontos percentuais na popularidade da presidente
Dilma Rousseff, chamada por Lula de “mãe do PAC”, por ter sido ela, como
ministra, a responsável pelo programa iniciado em 2007. A aprovação da
presidente caiu de 65%, na pesquisa anterior, feita há dois meses e
meio, para 57%. O medo da volta da inflação teria sido a causa principal
da queda.
O secretário de Política Econômica
do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que participou da entrevista,
afirmou que a “economia brasileira vem apresentando um quadro de
acomodação e de declínio da taxa de inflação”. Ele destacou a taxa de
desemprego, atribuindo sua redução ao longo dos anos aos investimentos
do PAC-2, lançado em março de 2010, pelo presidente Lula, com
investimentos previstos em R$ 1,59 trilhão, entre 2011 e 2014. Eles
somaram até agora R$ 557,4 bilhões e, segundo a ministra do
Planejamento, Miriam Belchior, vão alcançar R$ 1 trilhão até 2014. Mesmo
que não se atinja a meta ambiciosa, traçada após a crise financeira
internacional de 2008, o balanço confirma que o Brasil é hoje um dos
maiores canteiros de obras do mundo.
Neste ano, o dispêndio com as obras, com recursos do orçamento da
União, somou R$ 18,7 bilhões. Embora seja 12% superior ao verificado no
mesmo período de 2012, o valor representa apenas um terço do total
previsto para 2013, de R$ 60,6 bilhões. Ocorre que, como explicou a
ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o investimento anual do PAC
tem sido sempre maior no segundo semestre, porque as obras situadas na
região Norte são paralisadas pelas chuvas no primeiro semestre. Dos
investimentos totais realizados, o setor privado aplicou R$ 113,9
bilhões. Na construção de casas, foram investidos, ao todo, R$ 224,4
bilhões e já foram entregues 1,2 milhão de residências.
Outro dado que se destaca no balanço são os investimentos concluídos na
área de energia, totalizando R$ 126,3 bilhões, para ampliar em 8.457 MW
a geração de eletricidade, além de construir 5.256 quilômetros de novas
linhas de transmissão e 25 subestações.
Na área de transporte, o resultado é menos animador: foram concluídos
1.889 km de rodovias em todo país e 7.349 km estão em construção. Em
ferrovias, são apenas 2.576 km em construção.
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