Orador do evento e agraciado com a Grande Medalha JK, Geraldo Alckmin evitou declarar apoio a Aécio, mas não poupou elogios ao colega de partido |
Isabella Souto -Estado de Minas
Publicação: 13/09/2013 06:00 Atualização: 13/09/2013 06:42
Diamantina –
Por uma nova política do café com leite. Esse foi o tom das
comemorações do 111º aniversário do ex-presidente Juscelino Kubitschek,
ontem, em Diamantina, cidade onde ele nasceu. No palanque, os
governadores Antonio Anastasia e Geraldo Alckmin (São Paulo) – ambos do
PSDB – defenderam a união dos dois estados nas eleições do ano que vem
em uma tentativa de tirar do Palácio do Planalto o PT, que em 2014
completa 12 anos no poder. O nome apontado para representar o partido
também participou da cerimônia: o senador Aécio Neves (PSDB).
Pelo menos na avaliação de Alckmin, Aécio já teria vencido o primeiro obstáculo para a indicação de seu nome em 2014: o PSDB de São Paulo, onde uma ala ainda defende o ex-governador paulista, José Serra. Segundo ele, já se pode dizer que o diretório de São Paulo estará ao lado do mineiro. Orador do evento e agraciado com a Grande Medalha JK, Geraldo Alckmin evitou declarar apoio a Aécio, mas não poupou elogios ao colega de partido. "O Aécio Neves é um homem preparado para grandes desafios. É uma vocação política e um grande governante. Prova disso foi o seu governo em Minas", afirmou o tucano, arrancando aplausos.
No discurso de oito minutos, o governador de São Paulo ainda comparou a gestão de Aécio e de Anastasia ao modo Juscelino de governar. "Eles personificam com exatidão o cerne do legado do presidente JK – refiro-me ao legado de encontrar o fino equilíbrio de governar não apenas para homens e mulheres do presente, mas também para as gerações futuras", disse.
Pelo menos na avaliação de Alckmin, Aécio já teria vencido o primeiro obstáculo para a indicação de seu nome em 2014: o PSDB de São Paulo, onde uma ala ainda defende o ex-governador paulista, José Serra. Segundo ele, já se pode dizer que o diretório de São Paulo estará ao lado do mineiro. Orador do evento e agraciado com a Grande Medalha JK, Geraldo Alckmin evitou declarar apoio a Aécio, mas não poupou elogios ao colega de partido. "O Aécio Neves é um homem preparado para grandes desafios. É uma vocação política e um grande governante. Prova disso foi o seu governo em Minas", afirmou o tucano, arrancando aplausos.
No discurso de oito minutos, o governador de São Paulo ainda comparou a gestão de Aécio e de Anastasia ao modo Juscelino de governar. "Eles personificam com exatidão o cerne do legado do presidente JK – refiro-me ao legado de encontrar o fino equilíbrio de governar não apenas para homens e mulheres do presente, mas também para as gerações futuras", disse.
No momento em que seu
partido discute os rumos para 2014 – e a possibilidade de realização de
prévias entre Aécio e José Serra para a escolha do candidato em 2014 –,
Alckmin ressaltou que os políticos mineiros são "exímios conciliadores"
entre pessoas, gerações, raças e credos. "Minas tem os mesmos ideais, o
mesmo material humano que fizeram de JK o presidente dos sonhos dos
brasileiros", disse, encerrando seu discurso.
Coube ao governador Antonio Augusto Anastasia o apoio mais explícito ao seu principal padrinho político e a defesa da união com os paulistas. "Minas e São Paulo avançaram muito nos últimos anos com relação à gestão pública e à dinamização de suas respectivas economias. Creio que é essa responsabilidade que nos convoca a novo esforço para promover o desenvolvimento econômico e social da nação e a melhoria da qualidade de vida da população", argumentou. "Precisamos agora, governador Alckmin, somar esforços para que o Brasil avance com dignidade, no conceito das nações mais desenvolvidas do mundo", completou.
Em tom mais comedido, o senador Aécio Neves lembrou que Minas e São Paulo estiveram juntos em momentos importantes da história política brasileira – a mais recente no período de redemocratização do país. "Nós não estamos ainda falando de candidaturas, mas não tenho dúvidas de que o sentimento de São Paulo é o mesmo de Minas, por mudanças, por governos que olhem mais para o futuro e menos para o marketing, para os slogans. A nossa identidade é profunda", comentou, em coletiva à imprensa.
SLOGANS No palanque tucano, não faltaram críticas ao governo de Dilma Rousseff (PT). Geraldo Alckmin afirmou que o Palácio do Planalto cria "produtos de marquetagem" e "slogans de ficção". Já Anastasia afirmou que é preciso "racionalizar" a gestão pública e pensar no crescimento como algo além da "expansão do crédito e do mercado interno", como a retomada das exportações, o desenvolvimento da tecnologia própria, inovação de métodos e processos. Defendeu ainda a aprovação das reformas que há anos estão paradas no Congresso Nacional.
Café com leiteA "Política do café com leite" consistia numa aliança entre os dois estados mais poderosos da federação: São Paulo (centro da economia cafeeira) e Minas Gerais (maior produtor de leite). Essa aliança previa um rodízio na indicação do candidato a ser apoiado pelos dois estados nas eleições para a Presidência da República.
Homenagem
Criada em 1995, a Medalha JK foi entregue ontem a 120 personalidades e instituições do cenário político, econômico, social e cultural de Minas e do Brasil. A solenidade marca as comemorações do nascimento do ex-presidente Juscelino Kubitschek e pela primeira vez foi realizada no Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus. O local, que é um dos monumentos históricos do município, foi escolhido para sediar a solenidade porque em 2014 será comemorado o centenário da entrada de JK no colégio do seminário. Uma estátua de JK, aos 11 anos, foi instalada no seminário em homenagem ao ilustre ex-aluno.
Coube ao governador Antonio Augusto Anastasia o apoio mais explícito ao seu principal padrinho político e a defesa da união com os paulistas. "Minas e São Paulo avançaram muito nos últimos anos com relação à gestão pública e à dinamização de suas respectivas economias. Creio que é essa responsabilidade que nos convoca a novo esforço para promover o desenvolvimento econômico e social da nação e a melhoria da qualidade de vida da população", argumentou. "Precisamos agora, governador Alckmin, somar esforços para que o Brasil avance com dignidade, no conceito das nações mais desenvolvidas do mundo", completou.
Em tom mais comedido, o senador Aécio Neves lembrou que Minas e São Paulo estiveram juntos em momentos importantes da história política brasileira – a mais recente no período de redemocratização do país. "Nós não estamos ainda falando de candidaturas, mas não tenho dúvidas de que o sentimento de São Paulo é o mesmo de Minas, por mudanças, por governos que olhem mais para o futuro e menos para o marketing, para os slogans. A nossa identidade é profunda", comentou, em coletiva à imprensa.
SLOGANS No palanque tucano, não faltaram críticas ao governo de Dilma Rousseff (PT). Geraldo Alckmin afirmou que o Palácio do Planalto cria "produtos de marquetagem" e "slogans de ficção". Já Anastasia afirmou que é preciso "racionalizar" a gestão pública e pensar no crescimento como algo além da "expansão do crédito e do mercado interno", como a retomada das exportações, o desenvolvimento da tecnologia própria, inovação de métodos e processos. Defendeu ainda a aprovação das reformas que há anos estão paradas no Congresso Nacional.
Café com leiteA "Política do café com leite" consistia numa aliança entre os dois estados mais poderosos da federação: São Paulo (centro da economia cafeeira) e Minas Gerais (maior produtor de leite). Essa aliança previa um rodízio na indicação do candidato a ser apoiado pelos dois estados nas eleições para a Presidência da República.
Homenagem
Criada em 1995, a Medalha JK foi entregue ontem a 120 personalidades e instituições do cenário político, econômico, social e cultural de Minas e do Brasil. A solenidade marca as comemorações do nascimento do ex-presidente Juscelino Kubitschek e pela primeira vez foi realizada no Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus. O local, que é um dos monumentos históricos do município, foi escolhido para sediar a solenidade porque em 2014 será comemorado o centenário da entrada de JK no colégio do seminário. Uma estátua de JK, aos 11 anos, foi instalada no seminário em homenagem ao ilustre ex-aluno.
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