AVALIAÇÃO
Presidente disse que manifestações foram um processo de pactuação entre governo e população
PUBLICADO EM 12/10/13 - 16h05
Neste sábado (12), a presidente Dilma Rousseff um balanço dos cinco
pactos lançados após as manifestações ocorridas em várias cidades do
país. Para a presidente, "o copo está meio cheio, com viés de alta”.
Dilma está em Porto Alegre, onde anunciou investimentos em mobilidade
urbana. Melhorias na área são o objetivo de um dos pactos anunciados
pelo governo em julho, que também incluem saúde, educação, reforma
política e estabilidade econômica.
"É importante o fato de que o Brasil é um dos únicos países em que
manifestações não foram demonizadas e colocadas como um inimigo público
número 1. Temos escutado e entendido as vozes das ruas e temos avançado.
Para nós, há um resultado importante desse processo de pactuação",
disse Dilma.
Em relação à mobilidade, a presidenta lembrou a falta de investimentos
nas últimas décadas. "Os pactos representam, mais do que tudo, uma
direção. No caso especifico da mobilidade, é o reconhecimento de que
nosso país, há 30, 40 anos, não investia em mobilidade de forma
adequada, necessária e sistemática". Ela enfatizou a importância dos
investimentos em metrôs como a forma mais eficiente de transporte nos
grandes centros. Essa modalidade, segundo a presidenta, foi improvisada
na maioria das cidades.
Outro ponto citado por Dilma como um avanço decorrente das
manifestações que ocorreram foi a aprovação, em agosto, do projeto de
lei que destina os royalties oriundos da exploração do petróleo à
educação e à saúde. "Foi uma grande conquista assegurada por esse
momento político. Por duas vezes, mandei para o Congresso a destinação
dos royalties e não consegui aprovar", lembrou.
Sobre a saúde, a presidenta agradeceu a aprovação da Medida Provisória
(MP) do Programa Mais Médicos pela Câmara, que agora vai à apreciação do
Senado. "Agradeço ao Congresso a aprovação da MP, mesmo que não
concordemos com tudo, mas com o básico. Queremos que esse processo de
entrada dos médicos se acelere e se faça para beneficiar a população que
não tem acesso aos serviços de saúde", disse.
Em relação à reforma política, a presidenta destacou que a medida
depende do Congresso e que é de interesse do país que sejam feitas
mudanças no sentido de haver mais transparência. Dilma lembrou as
comemorações dos 25 anos da Constituição Federal e disse que, agora, o
Brasil é uma democracia experiente que precisa de "ajustamento".
Sobre a estabilidade econômica, a presidenta disse que a inflação está
sob controle e que o Brasil tem uma baixa relação entre a dívida e o
Produto Interno Bruto (PIB) se comparado a outros países. "Em agosto, a
relação dívida/PIB estava em 33,4%, uma das menores do mundo. O
endividamento é bastante baixo", informou, citando também a taxa de
desemprego verificada no país, cerca de 5,3%, que, segundo ela, é uma
"situação confortável".
No evento do qual Dilma participou na capital gaúcha, também estavam
presentes os ministros do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; da
Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário; e da Secretaria de
Comunicação Social, Helena Chagas; o governador do estado, Tarso Genro; o
presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP); entre
outras autoridades.
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