Tática
Presidenciável do PSB diz que ainda não se preocupa com alianças de 2014
PUBLICADO EM 12/10/13 - 03h00- O Tempo
BRASÍLIA E MOSSORÓ.
O embate entre PT e PSB já começou, pelo menos para o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e para o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, possível candidato ao Palácio do Planalto em 2014. Anteontem, em
uma reunião de mais de cinco horas em Brasília, Lula orientou a
presidente Dilma Rousseff e o PT a isolarem Campos. Ontem, por sua vez, o
pernambucano fez questão de minimizar a postura que os petistas devem
adotar.
Lula quer evitar que petistas e outros
partidos governistas se aliem ao partido de Campos, agora com seu
projeto presidencial reforçado pela ex-senadora Marina Silva. O
ex-presidente acreditava que o governador de Pernambuco pudesse recuar
de sua pré-candidatura ao Planalto caso não decolasse nas pesquisas. Por
isso, chegou a pedir que o PT mantivesse o diálogo com ele mesmo depois
que o PSB entregou os cargos que ocupava no governo, no fim de
setembro.
Segundo interlocutores, após a filiação
de Marina, o ex-presidente passou a considerar o PSB como oposição.
Lula aponta como prioridade a consolidação de alianças regionais com
outros partidos da base de Dilma, como PMDB, PR e PTB. O objetivo é
montar o maior número de palanques distante do PSB e “fechar os espaços
de Campos”, nas palavras de um aliado do ex-presidente.
Campos,
por sua vez, afirmou ontem em Mossoró, no Rio Grande do Norte, que não
está “preocupado com essas questões de quem deve ou não ficar de fora de
alianças”. “A nossa rede será de alianças para o bem do Brasil”,
complementou o socialista.
Campos, que tem o PT
participando de sua gestão em Pernambuco, disse que “não será a exclusão
de partidos ou pessoas que irá fazer o país mudar”. O governador
afirmou ainda não ver motivo para afastamento do PT de seu governo – a
sigla comanda Transportes e Cultura –, e também para o rompimento entre
PSB e PT onde as legendas são aliadas.
TRAIÇÃO. Citado
como “traidor do PT e do Brasil” em uma faixa estendida perto da Câmara
Municipal de Mossoró, Eduardo Campos, lembrou, em discurso a
militantes, que seu partido abdicou de candidatura à Presidência em 2010
por um pedido de Lula.
“Na eleição
passada, o PSB teria candidato a presidente, mas o partido atendeu apelo
do presidente Lula para que não tivesse. Para seu projeto político
continuar, o PSB deveria apoiar a candidatura de Dilma Rousseff”, disse.
O governador chegou ao local do evento, onde duas pessoas seguravam a
faixa com os dizeres “Eduardo Campos, traidor do PT, traidor do Brasil”.
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