29/10/2013 06:37 - Atualizado em 29/10/2013 06:37
Estudos da Controladoria Geral da União (CGU) revelam que, nos últimos
11 anos, mais de R$ 10 bilhões foram desviados nos diversos tipos de
corrupção no país.
Obras
Em licitação dirigida, uma empresa ganha um contrato superfaturado com o
governo. Depois, aditivos encarecem a obra. O desvio é dividido. Órgãos
contratam serviços de supervisão, que acabam contribuindo e
participando da corrupção.
Emendas
Cada deputado ou senador tem R$ 15 milhões por ano no Orçamento, que
destina para a obra ou compra que quiser. As emendas podem ir para
financiadores de campanha, como no caso da máfia dos sanguessugas. Nos
oito anos do governo Lula, as emendas individuais saltaram de R$ 2
milhões para R$ 15 milhões por ano.
ONG
Há dois meses, a Polícia Federal desbaratou um esquema do Instituto
Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), que desviou mais R$ 400
milhões fraudando licitações para prestação de serviços diversos. A
parceria é uma forma de implementar políticas sociais. Somente em 2011,
cerca de 73 mil entidades receberam mais de R$ 2,7 bilhões do governo. O
problema é que não há garantia sobre a efetiva aplicação dos recursos.
Publicidade
Foi a fonte do mensalão. Auditorias têm identificado problemas em ações
publicitárias contratadas pelo governo. Em muitos casos, os editais
para escolher as agências favorecem empresas. Concorrentes apresentam
preços fictícios. As agências “vencedoras” subcontratam empresas ligadas
a políticos para realizar serviços.
Consultoria
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em convênio de R$ 6 milhões com a
Associação dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Apitu), conseguiu
desviar todos os recursos. Os serviços de consultoria nunca foram
prestados. O dinheiro foi parar nos cofres dos comitês do PMDB. Para
cometer as fraudes, os órgãos utilizam o critério de “notória
especialização”. A empresa de consultoria recebe o pagamento, apresenta
papelada qualquer como se fosse produto de estudo e repassa o dinheiro
arrecadado a políticos ou agentes públicos envolvidos em sua
contratação.
Eventos
São os que roubam fazendo festa. Municípios e ONGs recebem milhões da
União para promover festividade popular. O dinheiro seria para contratar
palco, equipamentos, artistas e divulgação. Sem licitação, a escolha de
fornecedores é indicada por políticos. O governo identificou
irregularidade em vários contratos, que somam quase R$ 20 milhões. A CGU
mostrou que era prevista a contratação de 66 bandas para a realização
de eventos e festejos juninos em 22 cidades. Foram liberados R$ 2,4
milhões. Na prestação de contas, as notas não fechavam com os valores
recebidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário