Por Redação em | 29.10.2013 às 14h38 - CanalTech
A empresa de segurança SafenSoft descobriu um novo tipo de malware
que tem infectado caixas eletrônicos no México e pode ter chegado a
países da América Latina, incluindo o Brasil.
De acordo com Josh
Grunzweig, pesquisador de segurança da Trustwave, a ameaça foi batizada
de Ploutus e infecta o aparelho utilizando a porta de CD-ROM que equipa
as máquinas bancárias, também conhecidas como ATMs.
O Ploutus
permite que o criminoso interaja diretamente com o caixa eletrônico por
comandos digitados em teclado externo ou por meio da inferface
interativa do próprio dispositivo. Ao utilizar sequências específicas de
teclas e códigos, o ladrão consegue ativar o serviço de dispensa de
cédulas na ATM ou liberar essas funcionalidade. Nos dois casos, o
Ploutus fornece ao cracker o código de ativação necessário para ter acesso ao dinheiro.
"Considerando
esta infecção física, e mais o fato de estar escrito em idioma
espanhol, é possível especular que o código do Ploutus tenha sido
produzido em solo mexicano, já que não há notícias de incidentes em
outros países. Isto evidencia uma sofisticação cada vez maior do cibercrime na América Latina", destaca Grunzweig.
O
pesquisador da Trustwave ainda lembra que um dos pontos mais
preocupantes do Ploutus, em comparação com malwares parecidos, é que sua
forma de ataque dispensa algumas práticas típicas da pirataria online,
que exigem expedientes como a clonagem de cartões, roubo de identidade e
quebra de senhas.
"O criminoso simplesmente toma o controle
direto da máquina e extrai quanto dinheiro quiser sem deixar qualquer
pista na rede. Este novo modelo de ataque amplia o risco pra as ATMs",
completa.
Para Grunzweig, a medida mais eficiente a ser tomada
pelos bancos e empresas de cartão que usam ATMs é proceder a uma
completa revisão de suas estruturas de segurança. O ponto de partida são
testes que simulem uma invasão pelo caixa eletrônico com o objetivo de
identificar e mapear as vulnerabilidades, além de oferecer recomendações
detalhadas para controlar todos os mecanismos de funcionamento dos
caixas automáticos.
"Nossa recomendação é que as empresas façam
uma revisão da segurança em todos os níveis, incluindo as redes e os
dispositivos físicos, um diagnóstico das aplicações e uma avaliação dos
processos. Contratar hackers éticos também é a forma mais radical e completa de se precaver contra esse tipo de ataque", conclui.
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