quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Polícia Federal ameaça entrar em greve e pode parar durante a Copa do Mundo

31/10/2013 10:05 - Atualizado em 31/10/2013 10:05

Milson Veloso - Hoje em Dia



Renato Cobucci/Hoje em Dia
Polícia Federal mostra déficit de 20% no efetivo em Minas
Reduzido número de agentes federais no estado prejudica atividades da PF
A insatisfação dos policiais federais com o governo, que gerou uma paralisação nacional nesta quinta-feira (31), pode culminar em uma situação ainda pior para o país. A categoria ameaça uma greve e já avalia cruzar os braços durante a Copa do Mundo de 2014.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Minas Gerais (Sinpef MG) , Rodrigo Porto, os problemas do órgão serão discutidos em Brasília, nos dias 12 e 13 de setembro, durante a Assembleia Geral. Um dos pontos que os trabalhadores vão levantar é a possibilidade de parar os serviços no Brasil ainda este ano e também enquanto o evento esportivo ocorrer no Brasil.
"Nós estamos nos reunindo constantemente com o governo federal, mas se continuar como está hoje a gente vai parar", alerta o representante, acrescentando que "tudo vai depender das negociações até lá".
Nesta quinta-feira, o sindicato estima que 65% dos profissionais interrompam as atividades em Minas em adesão à paralisação nacional. Porém, os serviços não devem ser afetados. O Hoje em Dia mostrou, em abril deste ano, a situação degradante do órgão.

Reclamações

Greve PF ilegalidadeOs policiais reclamam da falta de estrutura e de investimentos na área. "Todas as reivindicações que temos feito desde o ano passado continuam, pois não foram atendidas pelo governo", explica Rodrigo.
A categoria alega também que a administração pública está tentando limitar a atuação dos agentes."É uma forma de controlar o trabalho. O número de operações e prisões em 2013 caiu bruscamente, em cerca de 70%, porquê o pode Executivo não investe mais", justifica.

Em outubro do ano passado a PF entrou em greve e realizou diversas manifestações em Minas e pelo país. Em agosto deste ano, a categoria realizou uma paralisação de 48 horas em Minas. De acordo com o Sinpef, a medida foram parte das ações para reivindicar a reestruturação da carreira, reajuste salarial e maior efetivo nos postos de fiscalização.


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