O
JORNALISTA JUREMIR MACHADO DO CORREIO DO POVO ESTEVE EM CUBA E ESCREVEU
UM TEXTO SOBRE O QUE ELE VIU NO PAÍS SOCIALISTA DE FIDEL CASTRO. "CUBA É
UM REGIME TOTALITÁRIO, UMA ENORME FAVELA EM MEIO AO PARAÍSO CARIBENHO, UMA GRANDE PRISÃO, EM QUE TODOS NASCEM CONDENADOS Á PRISÃO PERPÉTUA".
O jornalista Juremir Machado esteve no inferno e ficou estarrecido com o
que viu. A miséria do regime socialista cubano, a decadência de um
povo, de um país e de uma sociedade vigiada, dominada e perseguida. Cuba
é uma grande favela, um inferno, uma prisão à céu aberto.
Um
de nossos colaboradores aqui da página esteve em Cuba em 2006 e
permaneceu lá por duas semanas à trabalho. "Foram as duas semanas mais
longas da minha vida" eu estava em um inferno, onde as pessoas tinham
medo uma das outras, se entreolhavam a cada pergunta que se fazia sobre o
regime do país, e abaixavam a cabeça temendo as milícias que haviam nos
bairros, as malditas milícias do governo, que perseguiam e prendiam
quem quer que fosse contra, ou falasse mal do regime. A sensação que se
tem quando se está em Cuba, é a de que se está sufocado e que em todos
os lugares existem olhos vigiando tudo o que você faz e diz. "Passei a
ter medo de conversar com as pessoas de Cuba e de ter medo de falar algo
que ferisse ou fosse contra o regime cubano".
As ruas em Havana
são sujas, esburacadas, algumas fedem, há esgoto aparente, fossas e
valas à céu aberto. As pessoas andam mal vestidas, sujas e com odores
por não terem sabonete e desodorantes e 95% delas moram em cortiços com
várias outras. Conheci Famílias que dividiam o mesmo apartamento de
menos de 25 m2 com outras famílias por ordem do governo. A sensação de
impotência do povo era traumatizante. Não há água encanada em boa parte
da cidade e de 4 em 4 dias, caminhões pipa vêm abastecer os cortiços,
casas e prédios. Na maioria deles há inúmeros latões e tambores de
plástico para armazenarem mais água. Pode-se ver todos eles pendurados
em sacadas, varandas e telhados.
Prédios inteiros com mais de
100 anos estão destruídos, acabados e sem qualquer tipo de conservação.
As pessoas não tem dinheiro para fazerem reformas e mesmo que quisessem,
falta tinta, materiais e acessórios para alguns tipos de obra. A fiação
elétrica é precária, vê se emaranhados de fios, uns sobre os outros,
fios antigos com mais de 50 anos de uso. Na cidade os apagões são
frequentes e todos possuem lampião ou velas em casa para não ficarem no
escuro. Eu mesmo fiquei alguns dias sem luz na pensão onde eu estava.
Nas ruas o povo anda de um lado para o outro, a maioria não tem o que
fazer, vivem catando um coisa ali e outra aqui. Vivem a maioria do tempo
em filas do governo atrás de um pão, de um remédio ou de um pouco de
arroz. Há centenas de desempregados em Havana, e turistas são a saída
para que ganhem algum trocado para saírem do aperto.
Os
transportes em Cuba são terríveis. Há ônibus com mais de 30 anos de uso,
destruídos, sem porta, vidros e jogando fumaça por todos os lugares.
Ninguém paga passagem, e portanto, os raros ônibus que existem em Havana
vivem lotados à qualquer hora do dia e o cheiro que há dentro é
insuportável. Os carros são em sua maioria dos anos 50 e 60. Alguns
estão em perfeito estado de conservação, mas a maioria está caindo ao
pedaços.
Em Cuba não havia internet nas casas, apenas os hotéis
mais luxuosos possuíam uma rede de internet vigiada. As televisões são
todas estatizadas e só havia dois canais que eram pertencentes ao
governo. A programação era restrita, havia programas do governo com
matérias sobre o ensino, a cultura e as histórias da revolução que
passam quase sempre, como se fossem uma espécie de lavagem cerebral
repetitiva. Na época em que estive lá havia novelas brasileiras que
passavam com alguns "cortes e censuras" de imagens. Eram "Escrava Isaura
e Feijão Maravilha". Comercias são 90% do governo e de seus programas
assistencialistas. Filmes russos e chineses passam uma vez por dia. A
maioria do povo nem tem televisão, e as que existem são em preto e
branco, e dos anos 70. A maioria do povo ouve as rádios estatais com
musica cubana e caribenha. Geladeira é outro eletrodoméstico raro na
cidade. A maioria são de mais de 30 anos de uso, estão velhas e
funcionando precariamente. As lojas em Cuba, em sua maioria
comercializam coisas e objetos usados e sem qualquer valor comercial.
Coisas velhas, sucatas de batedeiras, liquidificadores, relógios,
televisões, roupas e móveis velhos.
O que se vê em Cuba é uma
totalização da miséria, professores, médicos, engenheiros, arquitetos,
todos formados e vivendo como miseráveis e sem qualquer perspectiva de
crescimento social. E a repressão do estado era algo sentido no ar de
CUBA, era como uma bolha cobrindo o céu do país.
Quando penso em
Cuba e que estive lá, lembro de Luis Carlos Prestes quando li uma frase
proferida por ele em 1963, em um congresso solidário à Cuba, financiado
na época pelo PC do B: Luis Carlos Prestes, comunista histórico e
revolucionário disse: "Gostaria que o Brasil fosse a primeira nação
Sul Americana à seguir o exemplo da pátria de Fidel Castro". Penso e
então reflito e me alivio: Ainda bem que existiu o 31 de março.
Tudo o que o jornalista passou e viveu em Cuba eu também vivi e fui testemunha. Cuba é um grande inferno!
Leoni Andrade. (POLITICAMENTE IRADO)FONTE: http://www.folhapolitica.org/2014/04/jornalista-publica-texto-apos-visitar.html
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