terça-feira, 8 de abril de 2014

:. POR QUÊ A GREVE NA COPANOR ?


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Nós, trabalhadores na COPANOR, estamos em GREVE desde o último dia 26 de março, mantendo os serviços essenciais à população servida pela empresa, nos termos da lei de greve, através de termo de acordo entabulado com a empresa. Nosso movimento objetiva a melhoria das nossas condições de trabalho e salários, mas também pela melhoria da qualidade dos serviços prestados aos inúmeros municípios que deveriam estar sendo assistidos em saneamento pela COPANOR.
Pedimos a compreensão e o apoio das autoridades municipais e do povo, conhecedores da péssima qualidade desta empresa que nos trata como a parte pobre que não interessava à Copasa, prestadora de serviços de qualidade apenas para quem pode pagar mais caro pelos serviços.
Neste dia 10, às 15 horas, teremos uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), para que a direção da COPANOR apresente sua resposta às justas reivindicações dos trabalhadores e da própria comunidade, que está sendo penalizada.

copanor
RADICALISMO DA EMPRESA NAS NEGOCIAÇÕES
A Copasa acenou com apenas 5,58% (INPC) para reajustar os salários em novembro de 2013 e mais um tíquete restaurante de menos R$ 10 diários, pois descontam 10% do valor unitário de R$ 10,72.

Os trabalhadores querem um piso salarial de R$ 1.100,00, ganho real de 10%, produtividade de 10%, tíquete restaurante no valor de R$ 400,00, auxílio creche no modelo da Copasa e revisão do Plano de Cargos e Salários, plano de saúde.

SINDÁGUA ANTECIPOU A TRAGÉDIA DA COPANOR

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O SINDÁGUA fez um grande movimento para alertar a população mineira, os deputados estaduais e aos poderes municipais sobre as ameaças que significavam a criação das empresas subsidiárias da Copasa em 2007, quando sugiram a Copanor, as Águas Minerais e Irrigação Jaíba.
Demonstramos em diversas audiências públicas que a intenção era abandonar áreas economicamente frágeis e de baixa perspectiva de arrecadação. Depois que entrou no mercado de capitais, quando passou a ser dominada pelos interesses dos acionistas, a Copasa centralizou sua ações e investimentos onde poderia reverter mais lucros para estes investidores. A situação ficou de tal forma escandalosa, que, obrigada pelo Estatuto da Empresa a repassar o mínimo 25% do lucro líquido para acionistas, adotou uma política mais generosa, repassando até 35% e, em alguns momentos, até 50% deste lucro líquido.
Ou seja, mais dinheiro para os acionistas e menos para reinvestir no saneamento. O objetivo da universalização do saneamento foi rasgado. Os pobres e menos assistidos socialmente que se virassem para não morrerem de sede ou de veiculação hídrica.
As grandes ameaças que previmos aconteceram em todas as empresas subsidiárias. A Irrigação Jaíba já fechou. As Águas Minerais enfrentaram sérios problemas. Trabalhadores também foram obrigados a uma longa greve para reajustar salários.
Na Copanor, a situação é trágica. Restos de obras... péssima qualidade no tratamento de água.... trabalhadores sem treinamento, sem condições de trababalho, sem ferramentas adequadas e, pasmem, até mesmo sem crédito na praça para comprar peças para manutenção. Abandono total.
Uma situação em que os prefeitos podem requerer o respeito aos contratos para manter as concessões de serviços.. uma população raivosa com um serviço cada dia pior.
Esta é a triste situação descrita nos meios de comunicação das cidades assistidas pela Copanor, que sabem entender a justa luta dos trabalhadores e da própria população para ter um serviço de qualidade no saneamento.
Fonte: http://www.sindaguamg.com.br/noticia.php?id=274

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha esposa é funcionária em Salinas e acho justíssimas as reivindicações, sei como é desumano o tratamento aos seus clientes e funcionários. Parabéns pelo blog.