A
presidente Dilma Rousseff rebateu nesta terça-feira críticas de que a
inflação está fora de controle. Segundo ela, a inflação está controlada e
o país tem condições de manter um crescimento constante e contínuo.
“Hoje
tem uma campanha que diz que a inflação está sem controle no Brasil.
Todo mundo sabe que a inflação no Brasil é cíclica. Entre junho e
setembro, ela cai, entre outubro e fevereiro, ela sobe, estaciona,
depois, vai caindo lentamente. Tem 15 anos que funciona assim, é o fluxo
da inflação”, disse, ao discursar na convenção nacional do PDT.
“Quero
dizer para vocês que a inflação está sob controle, que o país tem todas
as condições de manter um crescimento constante e contínuo a partir de
agora, e que tudo que plantamos vamos colher”, completou.
A
presidente comparou os índices de inflação de seu governo com o de seus
antecessores, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando
Henrique Cardoso. “Se comparar os três primeiros anos do governo do
Fernando Henrique Cardoso, a inflação chegou a 12,43%; nos três
primeiros anos do presidente Lula, ele baixou para 7,2%; e, nos meus
três primeiros anos, eu garanti que ela ficasse em 7,08%”, disse.
Aos
participantes do congresso do PDT, Dilma disse ainda que seu governo
vai fazer o maior programa de infraestrutura que o país já viu. Ela
ainda argumentou que Brasil foi o único país que durante o que ela
chamou de “maior crise” desde 1929 conseguiu manter os empregos e a taxa
de crescimento. “Combatemos a crise assegurando que o Brasil manteria a
sua estabilidade e provando que conseguiríamos isso, que manteríamos a
inflação sob controle”.
A presidente lembrou que, durante seu
governo, foram criados 4,8 milhões de empregos, e que esse número deve
ultrapassar os 5 milhões até o final do ano. Além disso, disse que o
salário mínimo foi elevado em 70% acima da inflação.
“Nesse
contexto, conseguimos uma das maiores reduções da desigualdade de renda
no Brasil. Enquanto a renda per capita subia de 7% a 32%, a dos mais
pobres cresceu 106%. Houve redução da desigualdade porque todo mundo
cresceu, mas os pobres cresceram mais”, completou.
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