Campanha
Candidatos de outros quatro Estados fazem referência à presidente e a Lula nas músicas
Camarada. Amigo desde adolescência da presidente. Pimentel foi ministro bastante próximo de Dilma
PUBLICADO EM 26/07/14 - 03h00- O Tempo
Brasília.
Líder nas últimas pesquisas de intenção de voto em Minas, o candidato
ao governo do PT, Fernando Pimentel, ignorou em seu jingle de campanha o
ex-presidente Lula e sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff. A
omissão irritou petistas ligados à presidente, que veem na estratégia
uma tentativa de se descolar da candidata em uma região onde Aécio Neves
(PSDB) tem vantagem sobre a petista.
Na avaliação de assessores da campanha
dilmista, é uma tentativa de um “Pimentécio” velado. A música, que
repete o refrão “sou mineiro, brasileiro com amor, sou Pimentel, ele é
meu governador”, diz que o candidato foi um “grande ministro”, sem citar
de qual governo nem de que pasta.
Pimentel foi nomeado por Dilma como titular
do Ministério do Desenvolvimento e Indústria assim que ela se elegeu, em
2011, e deixou o cargo no começo deste ano para disputar o governo de
Minas.
Amigo desde a adolescência da presidente, Pimentel era um dos ministros mais próximos da petista.
Outros candidatos petistas como Gleisi
Hoffmann (PR), Rui Costa (BA), Wellington Dias (PI) e Alexandre Padilha
(SP) citam Dilma e Lula em seus jingles.
No caso do candidato ao Piauí, por exemplo,
“Dilma presidente e Lula junto com a gente” é repetido por quatro vezes.
No jingle de Gleisi, que foi ministra da Casa Civil, a música diz que
“com Lula e Dilma o Brasil mudou” e a de Padilha diz que o candidato é
“de Lula e Dilma”. O material do candidato na Bahia diz “Com Rui
governador e Dilma presidente”.
Petistas ouvidos pela reportagem lembram que
a “infidelidade eleitoral” ocorreu em outras eleições em Minas. Em 2002
e 2006, Aécio encampou o “Lulécio”, aliança informal com o
ex-presidente, e deixou de lado o apoio aos tucanos José Serra e Geraldo
Alckmin, respectivamente.
Antes da eleição de Dilma em 2010, Pimentel e
Aécio eram próximos. Em 2008, à revelia de Lula, o ex-ministro fechou
um acordo com o tucano para apoiarem a candidatura de Marcio Lacerda
(PSB) à prefeitura da capital. A decisão rachou o PT à época, que via em
Lacerda um “aecista” em potencial.
OUTRO LADO.
Sem explicar a ausência de Dilma no jingle, a assessoria do candidato
informou que “a proximidade entre as campanhas de Pimentel e a de Dilma
vai além.” Em nota, a assessoria esclareceu que a campanha do candidato
faz a defesa dos governos do ex-presidente Lula e da presidente Dilma.
“Em entrevistas e discursos, Pimentel sempre ressalta a importância e os
resultados expressivos dos mais importantes programas lançados nos
últimos 12 anos, como os PACs 1 e 2, o Minha Casa Minha Vida, o ProUni, o
Pronatec, o Mais Médicos, entre tantas outras ações.”
Sem vermelho
Ceará. O PT
deixou o vermelho de lado na campanha do Ceará. Nas peças publicitárias
de Camilo Santana, candidato ao governo, a cor tradicional do partido
cedeu espaço ao amarelo. Até o “13” do partido é amarelo. “A cor não tem
tanta importância. A campanha de reeleição de Dilma, por exemplo, será
com verde e amarelo. O importante é que é candidato do PT”, explicou
Francisco de Assis Diniz, presidente do PT-CE.
Comitê
Juntos. A
assessoria de Pimentel informou que o comitê central dele e o da
presidente Dilma em BH serão inaugurados na próxima semana, no mesmo
endereço, na avenida Afonso Pena.
Falta dinheiro para material no PSB
Ainda sem recursos, o PSB não fez site nem jingle para o candidato ao governo de Minas, Tarcísio Delgado.
Em relação ao material de campanha, o PSB está atrasado. O deputado estadual Wander Borges (PSB) afirmou que a chapa não tem recursos para dar mais força ao candidato do partido. “Ainda não temos grande estrutura disponível. O presidente da sigla, Júlio Delgado, vai conversar com Eduardo Campos (presidenciável) para resolver isso.”
Ainda sem recursos, o PSB não fez site nem jingle para o candidato ao governo de Minas, Tarcísio Delgado.
Em relação ao material de campanha, o PSB está atrasado. O deputado estadual Wander Borges (PSB) afirmou que a chapa não tem recursos para dar mais força ao candidato do partido. “Ainda não temos grande estrutura disponível. O presidente da sigla, Júlio Delgado, vai conversar com Eduardo Campos (presidenciável) para resolver isso.”
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