Candidata do PSB diz ter esperança de ir para o 2º turno com Dilma.
Marina Silva afirmou também que não vai acabar com o Estado laico.
Marina Silva em comício em Manaus (Foto: Adneison Severiano)
Em comício em Manaus (AM) neste domingo à noite, a candidata do PSB à
Presidência da República, Marina Silva, disse que o segundo turno da
corrida eleitoral "vai ser diferente".
"Quero levar do Amazonas a esperança que vamos sim para o segundo
turno. E no segundo turno vai ser diferente. Porque será dez a dez. É
dez minutos para a Dilma e dez minutos para a Marina [na propaganda
eleitoral na televisão]. Aí sim nos vamos ter tempo para mostrar a onda
verde e amarela que tomou conta do Brasil. Em 2010, a gente fez a onda
verde e foram 20 milhoes de votos. Dessa vez será a onda verde e
amarela, que é a junção do verde da Marina e o amarelo do PSB de Eduardo
Campos", declarou Marina.
A candidata do PSB observou que, atualmente, tem menos de dois minutos
de propaganda eleitoral na TV, enquanto a presidente Dilma Rousseff tem
mais de 10 minutos de tempo.
Marina Silva disse ainda que, após 30 dias de sua campanha, a "Velha
República" está "tremendo de medo". "Não da Marina, mas da coragem do
povo brasileiro", acrescentou.
Emoção e Estado laico
Durante o comício na capital amazonense, Marina Silva se emocionou ao lembrar do tempo em que vivia na cidade. Com a voz embargada, recordou que morou no Morro da Liberdade (bairro popular da Zona Sul de Manaus) e que lavava roupa com sua mãe no igarapé do 40 (que corta a cidade e que está poluído hoje em dia).
Durante o comício na capital amazonense, Marina Silva se emocionou ao lembrar do tempo em que vivia na cidade. Com a voz embargada, recordou que morou no Morro da Liberdade (bairro popular da Zona Sul de Manaus) e que lavava roupa com sua mãe no igarapé do 40 (que corta a cidade e que está poluído hoje em dia).
"Tenho nesse estado uma parte de mim (...) Eu tomei banho no igarapé do
40. Vi pela primeira vez a paixão de Cristo no Cine Poeira", disse,
lembrando, também, que a primeira vez que viu um elevador na vida foi em
uma loja de departamento em Manaus. Ela também afirmou que familiares
moram até atualmente na cidade.
A candidata também afirmou que, mesmo sendo evangélica, não vai
governar para apenas uma religião - se eleita for. "Estão dizendo por aí
que eu vou acabar com o Estado laico por ser evangélica da Assembleia
de Deus. O presidente não é eleito para ser pastor, rabino, ou padre e
sim para defender os direitos do povo. Não vou acabar com o estado
laico, que é uma conquista da Constituição e que nunca poderá ser
derrubado. Não vou governar para uma religião", afirmou.
Críticas ao governo Dilma na área ambiental
Mais cedo, neste domingo, a candidata do PSB se encontrou com ambientalistas. Após a reunião, ela declarou que a presidente Dilma Rousseff é um "retrocesso na agenda do desenvolvimento sustentável".
Mais cedo, neste domingo, a candidata do PSB se encontrou com ambientalistas. Após a reunião, ela declarou que a presidente Dilma Rousseff é um "retrocesso na agenda do desenvolvimento sustentável".
"O atual governo tem implantado medidas que só fazem andar para trás na
questão ambiental", disse ela, após reunião com ambientalistas em
Manaus (AM).
Marina Silva também disse que o desmatamento voltou a crescer devido à
falta de articulação das políticas atuais de preservação. Ela também
disse que irá reduzir a zero perda de cobertura florestal do Brasil e
que dobrará as áreas de florestas públicas de uso sustentável.
A candidata também criticou atual governo por supostamente não ter
criado unidades de conservação florestal e pela não demarcação de terras
indígenas nos últimos três anos. Marina Silva afirmou que vai
implementar a verdadeira economia de baixo carbono, ressaltando que irá
tirar do papel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário