Aeroporto em Cláudio
Por outro lado, o procurador geral da República determinou que a representação fosse encaminhada ao Ministério Público Federal em Minas para avaliar casos de improbidade administrativa
O governo de Minas Gerais construiu um aeroporto em área
dentro de uma fazenda que pertence ao tio-avô do candidato do PSDB
PUBLICADO EM 08/10/14 - 23h00
O procurador geral da República, Rodrigo Janot,
arquivou parte de uma representação do PT contra o candidato Aécio Neves
(PSDB) devido aeroporto de Cláudio, no Oeste de Minas, construído em
uma área desapropriada pelo Estado na terra do tio-avô do tucano.
O aeroporto foi construído no final do segundo mandato de Aécio no
governo mineiro e custou R$ 14 milhões aos cofres públicos. Além de
operar sem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),
Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô de Aécio, é quem guarda as chaves do
local.
Na representação, o PT pediu a abertura de investigações pelos crimes
de peculato (desvio de dinheiro público), prevaricação, emprego
irregular de verbas públicas e exposição de aeronave ao perigo, uma vez
que pista opera sem homologação.
Para Janot, não há indícios suficientes para justificar a abertura
dessas investigações criminais. Por outro lado, o procurador determinou
que a representação fosse encaminhada ao Ministério Público Federal
(MPF) em Minas Gerais para a avaliação de casos de improbidade
administrativa.
De acordo com o PT, fora as questões criminais, o fato de o tio-avô
guardar as chaves do aeroporto, a falta de homologação da Anac, a
escolha do local para construção e o custo da obra configuram casos de
improbidade.
A decisão sobre a abertura de investigações para apurar os supostos
casos de improbidade cabe agora ao MPF em Minas. O coordenador jurídico
da campanha do PT, Flávio Caetano, disse esperar que o MPF em Minas abra
investigações.
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