terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Governador de MG alega que Pimentel terá margem de R$ 9 bilhões. Balanço aponta que arrecadação de ICMS ficou abaixo das expectativas

Via: Blog da Renata

O novo governo de Minas Gerais que toma posse nesta quinta-feira (1º) vai poder trabalhar com uma margem de R$ 9 bilhões para fazer investimentos através de linhas de crédito, segundo o governador Alberto Pinto Coelho (PP), que está deixando o cargo nesta semana.
Ele disse, em entrevista coletiva nesta terça-feira (30) em Belo Horizonte, que há dinheiro suficiente em caixa para pagar os salários do funcionalismo público em dezembro e em janeiro. Porém, disse que governar é lidar com orçamento apertado.
"Eu diria que as contas de Minas Gerais estão equilibradas, mas que nenhum estado e nenhum governo tem, desde o primeiro momento que tem a responsabilidade de governar, a tranquilidade de ter mais recursos do que demandas. Ao contrário, tem desafios permanentes", admitiu.
Governador Alberto Pinto Coelho (PP) diz que contas estão equilibradas (Foto: Thais Pimentel/G1)Governador Alberto Pinto Coelho (PP) diz que
contas estão equilibradas (Foto: Thais Pimentel/G1)
Governador ainda alegou que o estado sofreu com a redução de repasses por parte do Governo Federal. Segundo ele, o Banco do Brasil não transferiu a última parcela de uma operação de crédito de R$ 1,79 bilhão. Pinto Coelho disse que o governo entrou na Justiça, teve ganho de causa, mas o banco não cumpriu a determinação de honrar o compromisso até o dia 23 de dezembro.
Já a assessoria da instituição informou que "as ações do Banco do Brasil são pautadas pelo estrito cumprimento das cláusulas pactuadas por intermédio dos contratos assinados com os estados. Outras informações sobre essas operações de crédito não poderão ser fornecidas, em função da legislação referente ao sigilo bancário".
O governador também reclamou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por não ter repassado R$ 35 milhões dos R$ 80 milhões que seriam destinados a obras de infraestrutura. Porém, a assessoria de imprensa do BNDES informou que não há nenhum impedimento nos processos relativos a Minas Gerais e que o dinheiro tem sido liberado de acordo com os acordos firmados com o banco.
Arrecadação
A projeção do governo de Minas Gerais é encerrar o ano com um crescimento de 6,5% na arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte (ICMS), a principal fonte de arrecadação do estado. O índice ficou abaixo da previsão, que era de 8%.
Transição
Alberto Pinto Coelho ainda disse que os dados apresentados à equipe de transição do governador eleito Fernando Pimentel serão acrescidos de um balancete a ser concluídos em janeiro.
"Essa questão com dado de fechamento, ela tem a sua dinâmica própria, ela tem que respeitar estes prazos", disse em resposta a insatisfação de alguns integrantes da equipe de transição que alegaram que os documentos, até então apresentados, eram superficiais.
Do G1 MG

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