segunda-feira, 9 de março de 2015

Dilma decide apostar nos EUA em recuperação

Presidente desvia foco da cooperação Sul-Sul para aumentar o comércio bilateral em até 50%

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Foto: Domingos Peixoto/18-08-2014
Domingos Peixoto/18-08-2014

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também foi aos EUA no mês passado para acalmar investidores. Na última semana, foi a vez de o secretário adjunto do Departamento de Comércio dos EUA para a Gestão de Exportações, Kevin Wolf, vir ao Brasil para explicar a governo e empresários como comercializar produtos controlados para o mercado americano.
Visita da presidente em breve
O Plano Nacional de Exportação que será anunciado nos próximos dias trará os mercados prioritários para negociações de acordos comerciais, e os EUA ganharão papel de destaque. É consenso entre governo e setor privado que, se no passado as tarifas elevadas eram problema, agora os principais obstáculos são as divergências regulatórias.
— Empresários brasileiros e americanos veem com bons olhos essa aproximação. O trabalho pavimenta o caminho para se construir uma agenda relevante para a provável visita de Dilma aos EUA no segundo semestre, ou em 2016 — disse o presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA, Gabriel Rico, destacando o esforço brasileiro para reduzir a burocracia.
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A agenda bilateral de hoje tem como elementos centrais ações voltadas à facilitação de comércio e à convergência regulatória entre os dois países — e o que for acertado poderá, ainda, servir de base para o comércio do Brasil com outros mercados, como União Europeia e China.
A balança comercial indica que os EUA estão recuperando a primeira posição como comprador de produtos brasileiros. Enquanto as vendas para a China caíram mais de 40%, os embarques para o mercado americano subiram cerca de 10%. Por outro lado, o Brasil representa, hoje, menos de 2% do comércio internacional dos EUA.
— A recuperação dos EUA o coloca como um dos principais alvos para a exportação de commodities e produtos nacionais. No que se refere à importação, trata-se de uma excelente oportunidade para investir em alta tecnologia e renovar o parque industrial — observou Michelle Fernandes, diretora logística da Next Global, empresa especializada em comércio exterior.


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