Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br
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Tão ou mais importante que a formalização da denúncia a ser feita hoje
contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, será a reação do acusado.
De perfil explosivo e agressivo, Cunha ameaça que “não cairá sozinho”.
Quando surgiu o primeiro indício de seu envolvimento, apontado em
delação premiada que o acusou de receber US$ 5 milhões de propina, Cunha
rompeu com o governo Dilma.
Além dele, outras duas dezenas de parlamentares poderão integrar a
lista de Janot. Se a denúncia for aceita no Supremo Tribunal Federal,
eles passarão a réu e serão julgados por essa Corte. Com isso, Cunha e a
própria Câmara perderão a moral para abrir o processo de impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
Ponto e contraponto
O ex-presidente do STF Carlos Veloso abandonou ontem, em Nova Lima
(Grande BH), a postura de magistrado para abrir o verbo contra o PT e o
governo Dilma. Durante palestra no Conexão Empresarial-Lide, da VB
Comunicação, Veloso disse que a renúncia da presidente faria bem ao país
e que o PT acabou com a estatal símbolo da soberania nacional por meio
da corrupção.
No contraponto, o líder petista Durval Ângelo, que não participou do
evento, reagiu dizendo que vários ex-diretores da Petrobras envolvidos
estavam na companhia desde o governo tucano (1995/2002). E que Veloso há
muito não representa mais a magistratura. “Hoje, ele atua como advogado
do PSDB”.
Insatisfação e rebelião na ALMG
A insatisfação na Assembleia Legislativa de parte da bancada
governista, especialmente no chamado bloco independente, paralisou o
início da votação do projeto que renegocia a dívida ativa do Estado de
cerca de R$ 60 bilhões. Deputados aliados se uniram aos oposicionistas e
apresentaram emendas apenas para atrasar a tramitação do projeto, num
recado indireto ao governo mineiro.
A queixa dos deputados refere-se aos secretários Odair Cunha (Governo),
José Afonso Bicalho (Fazenda) e Fausto Pereira dos Santos (Saúde),
entre outras cobranças, pelo fato de não serem atendidos por eles. Há
reclamações de nomeações, regime especial para empresas e atendimento em
clínicas especializadas.
Para não correr riscos em plenário, as lideranças governistas decidiram
suspender os debates e a primeira votação até que o clima se normalize.
Na próxima semana, o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (PMDB),
e o líder do Governo, Durval Ângelo (PT), irão ao governador Fernando
Pimentel (PT) para apagarem o princípio de incêndio. O projeto da
renegociação da dívida é considerado “imexível” e, dessa forma, acordo
foi conduzido para sua tramitação até mesmo com a oposição.
A tendência é Cunha ser enquadrado por corrupção e lavagem de dinheiro
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