sábado, 29 de agosto de 2015

Escravas sexuais eram obrigadas a trabalhar 17 horas por dia no DF

29/8/2015 às 12h05

Quadrilha foi presa nesta semana e seis vítimas foram resgatadas
Do R7
Uma das casas onde as vítimas eram mantidas em cárcere privado Reprodução/TV Record
A quadrilha que escravizava homens e mulheres no Disitrito Federal obrigava as vítimas a se prostituir por 17 horas por dia. Três mulheres escravizadas foram regastadas pela polícia nesta semana. Outras duas mulheres e um homem que haviam chegado a Brasília e seriam escravizados também foram resgatados. As mulheres eram atraídas com promoessas de emprego com carteira assinada, mas quando chegavam ao DF eram mantidas em cárcere privado, forçadas a se prostituir, não recebiam remuneração pela prostituição e ainda eram forçadas a consumir drogas.
As investigações foram feitas pela 21ª Delegacia da Polícia Civil (Taguatinga). Três homens e uma mulher foram presos. A polícia chegou a um dos locais de cárcere quando uma das mulheres caiu da escada, se machucou e não foi socorrida. Vizinhos chamaram a ambulância e ela foi atendida em um hospital.
De acordo com o delegado Alexandre Dias Nogueira, as vítimas, que tinham entre 18 e 25 anos, usavam principalmente crack, entre outras drogas. Elas eram mantidas em cativeiros na região da Areal (DF), e só podiam sair para atender clientes como escravas sexuais em Taguatinga Sul.

— Eles viciaram as pessoas para que elas ficassem. As vítimas eram captadas dos estados de origem e trazidas para o DF como se fossem trabalhar em qualquer outro emprego, mas na verdade, assim que elas chegavam aqui eram colocadas em cárcere. Elas eram vigiadas, e só saíam para fazer os programas que eles organizavam para elas.

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Segundo Nogueira, as vítimas estavam em uma das seis casas onde a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nesta semana.

— Foram apreendidas roupas de outras pessoas, possivelmente outras vítimas, além de um caderno de anotações com tudo que eles ganhavam por mês.

De acordo com as investigações, a associação criminosa age no Distrito Federal desde 2012. Mais mandados de prisão ainda serão cumpridos no DF e em outros estados.

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