quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Renan vira escudo de Dilma contra as bombas de Cunha

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Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br


12/08/2015

No esforço quase desesperado para manter a própria governabilidade, o governo Dilma tenta fazer do Senado trincheira contra as bombas lançadas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). É uma operação de risco, porque, ao mesmo tempo, divide o Legislativo entre o aliado irresponsável e o confiável. Se não consegue ter o número mínimo de votos de sua base aliada para barrar as “pautas-bomba”, e a principal delas é o pedido de impeachment, Dilma poderá ter no Senado o exercício do poder moderador que reverta decisões da Câmara que estariam fora da curva.

Após encontro com Dilma na segunda-feira (10) à noite, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), disse que falar em impeachment ou em reprovar as contas da gestão dela (2014) seria colocar fogo no país. De olho nessa rara oportunidade de apoio, a presidente vai incensar Renan a assumir o posto de ‘salvador da Pátria’.

Inteligente ou não, essa é a única arma que chegou a Dilma como alternativa à situação de risco extremo, numa semana de alta tensão, quando a Câmara volta ao plenário para votar projetos que impactam os gastos públicos. Ainda amanhã, outro plenário, desta vez do Tribunal Superior Eleitoral, pretende julgar as contas eleitorais da presidente. Se ainda fosse pouco, no final de semana, o domingão promete ser de protestos, conforme antecipam as mobilizações pelas redes sociais.

Fora das ruas e do campo partidário, a presidente assistiu ontem a outra manifestação de reprovação. No dia do advogado e do magistrado, cerca de 300 juristas assinaram documento pedindo, sem cerimônia, nada menos do que a renúncia dela.
Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/m-blogs/orion-teixeira-1.88649/renan-vira-escudo-de-dilma-contra-as-bombas-de-cunha-1.339149

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