Obsoleta
Se na crise a preocupação é com a sobrevivência, elas perdem em eficiência e competitividade
Limitada. A indústria tem visão imediatista e voltada para custos
PUBLICADO EM 15/10/15 - 03h00
A indústria brasileira está ficando para trás no que se refere à
tecnologia. Enquanto 53,8% das indústrias no mundo pretendem investir em
segurança da informação, essa média no Brasil é de 46,2%. Enquanto o
armazenamento em nuvem já é uma realidade para 55,4% das empresas
estrangeiras em questão, no Brasil ele está apenas em 25%, e 50% dos
industriais brasileiros não pretendem investir nessa ferramenta. Os
dados são da pesquisa Monitor realizada no primeiro semestre deste ano
pela auditoria RSM, com 1.660 dirigentes de indústrias em 14 países.
“As indústrias brasileiras, com a crise, estão dirigidas para a própria sobrevivência. Mas com isso, estão ficando obsoletas perdendo em eficiência e competitividade”, afirma o dirigente do Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais (Sindinfor-MG), Rodrigo Fernandes, que também é sócio da Eteg Technology.
Para Fernandes, a indústria ainda tem uma visão imediatista e muito voltada para custos. “O que os clientes nos dizem é que se a tecnologia não é segura, fácil de usar e cortar custos, trazendo benefício financeiro rápido, nem adianta apresentar proposta”, conta o empresário.
Com isso, algumas oportunidades não são aproveitadas, segundo Fernandes. O armazenamento em nuvem é uma delas. “A maioria dos servidores físicos, dentro das empresas, são menos seguros e eficientes do que a nuvem. E os custos acabam sendo menores. Sem dúvida, não utilizar a dúvida é perder uma boa oportunidade para a indústria”, avalia.
Fernandes, porém, lembra que a falta de utilização da tecnologia pode acontecer por falta de produtos desenvolvidos especificamente para as indústrias brasileiras ou falta de diálogo entre as empresas de tecnologia e os industriais. “Recurso não falta, talvez falte sentar à mesa e apresentar as vantagens. As Federações das Indústrias como a Fiemg ajudam nesse processo”, diz.
Segurança. Quando o quesito é segurança da informação, a cultura brasileira não ajuda. “Nunca achamos que vai acontecer com a gente. E não tem jeito, as empresas são feitas e lideradas por pessoas, isso acaba influenciando na decisão de investimento”, analisa o professor de segurança da informação do Instituto de Gestão em Tecnologia da Informação (IGTI), Paulo Gontijo.
“Temos uma cultura, e isso acontece no resto do mundo também, de só tomar uma atitude quando acontece algum problema muito grande. É comum investimentos em segurança da informação acontecerem depois de alguma invasão e prejuízos decorrentes”, diz.
Entre os problemas mais comuns que a segurança da informação tenta evitar, Gontijo cita a paralisação das atividades, “principalmente em linhas de produção informatizadas” e o risco de vazamento de informações, entre eles, dados de clientes e funcionários.
“As indústrias brasileiras, com a crise, estão dirigidas para a própria sobrevivência. Mas com isso, estão ficando obsoletas perdendo em eficiência e competitividade”, afirma o dirigente do Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais (Sindinfor-MG), Rodrigo Fernandes, que também é sócio da Eteg Technology.
Para Fernandes, a indústria ainda tem uma visão imediatista e muito voltada para custos. “O que os clientes nos dizem é que se a tecnologia não é segura, fácil de usar e cortar custos, trazendo benefício financeiro rápido, nem adianta apresentar proposta”, conta o empresário.
Com isso, algumas oportunidades não são aproveitadas, segundo Fernandes. O armazenamento em nuvem é uma delas. “A maioria dos servidores físicos, dentro das empresas, são menos seguros e eficientes do que a nuvem. E os custos acabam sendo menores. Sem dúvida, não utilizar a dúvida é perder uma boa oportunidade para a indústria”, avalia.
Fernandes, porém, lembra que a falta de utilização da tecnologia pode acontecer por falta de produtos desenvolvidos especificamente para as indústrias brasileiras ou falta de diálogo entre as empresas de tecnologia e os industriais. “Recurso não falta, talvez falte sentar à mesa e apresentar as vantagens. As Federações das Indústrias como a Fiemg ajudam nesse processo”, diz.
Segurança. Quando o quesito é segurança da informação, a cultura brasileira não ajuda. “Nunca achamos que vai acontecer com a gente. E não tem jeito, as empresas são feitas e lideradas por pessoas, isso acaba influenciando na decisão de investimento”, analisa o professor de segurança da informação do Instituto de Gestão em Tecnologia da Informação (IGTI), Paulo Gontijo.
“Temos uma cultura, e isso acontece no resto do mundo também, de só tomar uma atitude quando acontece algum problema muito grande. É comum investimentos em segurança da informação acontecerem depois de alguma invasão e prejuízos decorrentes”, diz.
Entre os problemas mais comuns que a segurança da informação tenta evitar, Gontijo cita a paralisação das atividades, “principalmente em linhas de produção informatizadas” e o risco de vazamento de informações, entre eles, dados de clientes e funcionários.
Legislação
Rigidez. O especialista Paulo Gontijo lembra que o setor bancário e as empresas de capital aberto são regulados com uma legislação rígida no que se refere à segurança da informação.
Hackers do bem ajudam a prevenir ataques a empresasRigidez. O especialista Paulo Gontijo lembra que o setor bancário e as empresas de capital aberto são regulados com uma legislação rígida no que se refere à segurança da informação.
Quando uma empresa já tem uma cultura de investir em segurança da informação e segurança cibernética, costuma contratar os serviços de hackers éticos ou “white hat”, que tentam invadir as máquinas utilizadas pela organização e apontar falhas nos sistemas de segurança.
“Essa é uma realidade bem específica das grandes empresas” pondera o professor de segurança da informação do Instituto de Gestão em Tecnologia da Informação (IGTI), Paulo Gontijo. Ele afirma, porém, que no Brasil já existe um mercado consolidado para esses profissionais.
“Eles trabalham como consultores, realizando testes de penetração e de invasão. A equipe interna, que cria a estrutura de segurança da empresa, seja uma indústria ou não, é bem maior e mais cara”, explica Gontijo.
Brasil consome mas não produz inovação
“O Brasil é um ótimo consumidor de tecnologia, mas não cria nada. Não
consigo lembrar de uma inovação relevante mundialmente que tenha sido
criada aqui”, sentencia o especialista em segurança da informação, Paulo
Gontijo. A pesquisa desenvolvida pela auditoria RSM aponta que o índice
de indústrias brasileiras interessadas em investir em inovação é cerca
de 6% menor do que a média global de investimentos no segmento.
Para o dirigente do Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais (Sindinfor-MG) e sócio da Eteg Technology, Rodrigo Fernandes, as dificuldades enfrentadas no Brasil pela indústria criam empecilhos para o investimento em inovação. “Temos uma estrutura ruim, uma carga tributária alta e isso consome muito da capacidade da indústria de investir em inovação e competir de igual para igual com outros países”, afirma Fernandes.
Para o empresário, um fenômeno parecido acontece com o investimento em compliance (anticorrupção) que, segundo a pesquisa da RSM é 21% menor na indústria brasileira que a média global.
A equipe da RSM salienta porém que houve uma diminuição de investimentos em inovação em todo o mundo “reflexo da recente crise, principalmente na Europa”, diz a nota.
Para o dirigente do Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais (Sindinfor-MG) e sócio da Eteg Technology, Rodrigo Fernandes, as dificuldades enfrentadas no Brasil pela indústria criam empecilhos para o investimento em inovação. “Temos uma estrutura ruim, uma carga tributária alta e isso consome muito da capacidade da indústria de investir em inovação e competir de igual para igual com outros países”, afirma Fernandes.
Para o empresário, um fenômeno parecido acontece com o investimento em compliance (anticorrupção) que, segundo a pesquisa da RSM é 21% menor na indústria brasileira que a média global.
A equipe da RSM salienta porém que houve uma diminuição de investimentos em inovação em todo o mundo “reflexo da recente crise, principalmente na Europa”, diz a nota.
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