Tablets flexíveis, lavouras computadorizadas e pílula para check-up são algumas apostas
PUBLICADO EM 22/10/15 - 04h00
Não se falou em outra coisa nas redes sociais nesta quarta: o filme “De
Volta para o Futuro” foi, disparado, o assunto mais comentado do reino
virtual, fazendo nerds de todas as idades e do mundo todo constatarem
que vivem, enfim, no tão aguardado “futuro”.
A data desta quarta foi especial porque, em 1989, em “De Volta para o
Futuro II”, o DeLorean – máquina do tempo inventada pelo Doutor Brown
(personagem de Christopher Lloyd) – foi programada para viajar 30 anos à
frente no tempo, justamente para o dia 21 de outubro de 2015. Chegando
lá (ou aqui), Marty McFly (Michael J. Fox) encontrou skates voadores,
tablets, tênis que se amarravam sozinhos e várias outras invenções
“típicas” do século XXI.
Agora, cabe a nós fazer as previsões de como será a Terra no dia 21 de
outubro de 2045, a 30 anos daqui. Para o diretor executivo da Intel
Brasil, Fernando Martins, que é doutor em arquitetura de computadores,
uma das tendências mais fortes é que tenhamos uma computação cada vez
mais personalizada. Tão personalizada que iremos vesti-la ou até
comê-la.
“Hoje você vai ao laboratório e faz seu check-up. Em 2045, poderá
existir uma pílula que você irá ingerir e ela fará todo o seu check-up
internamente, com um monitoramento mais refinado”, explica ele.
Outra tendência é que a internet das coisas chegue “para valer” nas
próximas décadas. Isso significa, por exemplo, que sua geladeira
“conversará” com o supermercado para dizer o que você precisa comprar.
Na agricultura, essa tendência garantirá que a produção seja suficiente
para todo o mundo. “Segundo a ONU, 2045 é o ano em que teremos exaurido
todas as áreas economicamente viáveis para o plantio. Os computadores
irão fazer o manejo, e isso permitirá às pessoas ter um trabalho menos
braçal”, prevê Martins.
Quando se trata de gadgets, o especialista aposta que o céu seja o
limite. Martins fala em tablets flexíveis, que você poderá tirar do
bolso, desenrolar (ou desdobrar) e usar normalmente. Além disso, os
óculos de realidade aumentada devem ganhar muito mais espaço.
As cidades também deverão passar por mudanças. Permeadas pela internet
das coisas, elas conseguirão fazer um uso otimizado dos recursos e
diminuir danos em situações de emergência. O trânsito terá outras
soluções para a mobilidade, como mais espaço para as bicicletas e o
compartilhamento de veículos. Além disso, segundo a previsão do
especialista em futuro da humanidade Alex Steffen, os serviços serão
mais distribuídos pela cidade, de modo a termos vários pequenos centros
por toda a malha urbana.
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Tecnologia muda os atores sociais
Muito mais do que influenciar as tarefas básicas do dia a dia, a tecnologia será decisiva na forma como nos relacionamos, em todos os níveis.
Para a autora Nilofer Merchant, especialista em desenvolvimento de negócios, nos próximos 30 anos viveremos em uma realidade bem parecida com a descrita na franquia “Jornada nas Estrelas”. A autora, que foi convidada pela organização TED a opinar sobre como seria o futuro, defende que nós não estamos entrando na era tecnológica. Estamos entrando na era social.
“A mudança não será mais o domínio dos privilegiados. Onde, antes, precisávamos da boa vontade e do apoio de uma organização para tentar promover uma mudança, agora não precisamos mais. Podemos facilmente recrutar outras pessoas para criar conosco. Esse poder já está agindo no mundo, e essa força ganhará maior pulsão nos próximos 30 anos”, defende ela em seu blog no site do TED.
Em “Jornada nas Estrelas”, as máquinas (como o tradutor universal) permitiam que os humanos fossem mais sociais, que é exatamente o potencial da tecnologia de que dispomos hoje. “Nós estamos em um ponto de virada histórico, no qual o poder das redes com um propósito está claramente se tornando uma nova forma de realizar coisas”, conclui.
Muito mais do que influenciar as tarefas básicas do dia a dia, a tecnologia será decisiva na forma como nos relacionamos, em todos os níveis.
Para a autora Nilofer Merchant, especialista em desenvolvimento de negócios, nos próximos 30 anos viveremos em uma realidade bem parecida com a descrita na franquia “Jornada nas Estrelas”. A autora, que foi convidada pela organização TED a opinar sobre como seria o futuro, defende que nós não estamos entrando na era tecnológica. Estamos entrando na era social.
“A mudança não será mais o domínio dos privilegiados. Onde, antes, precisávamos da boa vontade e do apoio de uma organização para tentar promover uma mudança, agora não precisamos mais. Podemos facilmente recrutar outras pessoas para criar conosco. Esse poder já está agindo no mundo, e essa força ganhará maior pulsão nos próximos 30 anos”, defende ela em seu blog no site do TED.
Em “Jornada nas Estrelas”, as máquinas (como o tradutor universal) permitiam que os humanos fossem mais sociais, que é exatamente o potencial da tecnologia de que dispomos hoje. “Nós estamos em um ponto de virada histórico, no qual o poder das redes com um propósito está claramente se tornando uma nova forma de realizar coisas”, conclui.
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