quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Crise: Walmart fecha unidades em Passos e Ribeirão das Neves

Ordem da matriz

Grupo vai fechar 30 lojas no país, o equivalene a 5% do total, incluindo hipermercados e bandeiras menores

Unidade mescla varejo e atacado
Maxxi é uma das bandeiras afetadas pelos cortes
PUBLICADO EM 30/12/15 - 19h53
O Walmart no Brasil vai fechar, até o início de janeiro, 30 lojas de suas bandeiras – o que representa 5% do total de unidades no país. E a ordem da matriz norte-americana já começou a ser cumprida. Em Minas Gerais, duas unidades foram desativadas: o Walmart de Passos, no Sul de Minas, e o Maxxi Atacado, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. 
 
A maior parte das lojas que fecharão as portas serão de bandeiras de pequeno e médio portes, como a rede de proximidade Todo Dia (presente em vários Estados) e os supermercados Nacional (Rio Grande do Sul) e Mercadorama (Paraná). Haverá o fim da atividade da rede de hipermercados Big (no Paraná e em Santa Catarina) e de super e hipermercados Bompreço (começando por duas lojas em Alagoas e podendo atingir também Bahia, Paraíba, Maranhão e Ceará em janeiro, num total de até 12 encerramento de atividades no Nordeste). 
 
O fechamento inesperado, bem próximo da virada do ano, tornou-se caso de polícia em Campo Grande, onde duas unidades do atacarejo Maxxi e uma loja do Walmart foram desativadas anteontem, e em Maceió, no fechamento do Bompreço. As queimas de estoque atraíram tanta gente que a polícia foi chamada para intervir.
 
Em nota à reportagem, o grupo confirmou o fechamento das duas unidades em Minas Gerais, mas não detalhou quantos empregados serão desligados. O motivo para a redução do número de lojas, conforme a empresa, é o atual ambiente econômico no país. O grupo ressaltou que, em 2015, foram investidos R$ 1,3 bilhão na abertura de novas lojas, reforma de unidades antigas e integração de sistemas no Brasil.
 
Apesar do encerramento das atividades de 30 lojas, o terceiro maior grupo supermercadista do país – atrás do Carrefour e do Pão de Açúcar, ambos de capital francês – se comprometeu a não demitir nenhum funcionário dessas unidades, segundo o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que se reuniu, na manhã de anteontem, com o presidente do Walmart no Brasil, Guilherme Loureiro, para tratar da situação dos empregados.
 
O sindicalista estima que essas unidades têm em torno de mil funcionários. “O compromisso da rede conosco é que nenhum funcionário será demitido por conta do fechamento de lojas”, afirma. Esses funcionários serão absorvidos por outras unidades do Walmart. O problema é que essas transferências devem ser, na maioria dos casos, para outras cidades. “Os que não concordarem com a transferência serão demitidos, mas receberão curso de capacitação para conseguir outro emprego”, disse Patah. 

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