Ordem da matriz
Grupo vai fechar 30 lojas no país, o equivalene a 5% do total, incluindo hipermercados e bandeiras menores
Maxxi é uma das bandeiras afetadas pelos cortes
PUBLICADO EM 30/12/15 - 19h53
O Walmart no Brasil vai fechar, até o início de janeiro, 30 lojas de
suas bandeiras – o que representa 5% do total de unidades no país. E a
ordem da matriz norte-americana já começou a ser cumprida. Em Minas
Gerais, duas unidades foram desativadas: o Walmart de Passos, no Sul de
Minas, e o Maxxi Atacado, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana
de Belo Horizonte.
A maior parte das lojas que fecharão as portas serão de bandeiras de
pequeno e médio portes, como a rede de proximidade Todo Dia (presente em
vários Estados) e os supermercados Nacional (Rio Grande do Sul) e
Mercadorama (Paraná). Haverá o fim da atividade da rede de hipermercados
Big (no Paraná e em Santa Catarina) e de super e hipermercados Bompreço
(começando por duas lojas em Alagoas e podendo atingir também Bahia,
Paraíba, Maranhão e Ceará em janeiro, num total de até 12 encerramento
de atividades no Nordeste).
O fechamento inesperado, bem próximo da virada do ano, tornou-se caso
de polícia em Campo Grande, onde duas unidades do atacarejo Maxxi e uma
loja do Walmart foram desativadas anteontem, e em Maceió, no fechamento
do Bompreço. As queimas de estoque atraíram tanta gente que a polícia
foi chamada para intervir.
Em nota à reportagem, o grupo confirmou o fechamento das duas unidades
em Minas Gerais, mas não detalhou quantos empregados serão desligados. O
motivo para a redução do número de lojas, conforme a empresa, é o atual
ambiente econômico no país. O grupo ressaltou que, em 2015, foram
investidos R$ 1,3 bilhão na abertura de novas lojas, reforma de unidades
antigas e integração de sistemas no Brasil.
Apesar do encerramento das atividades de 30 lojas, o terceiro maior
grupo supermercadista do país – atrás do Carrefour e do Pão de Açúcar,
ambos de capital francês – se comprometeu a não demitir nenhum
funcionário dessas unidades, segundo o presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que se reuniu, na manhã de
anteontem, com o presidente do Walmart no Brasil, Guilherme Loureiro,
para tratar da situação dos empregados.
O sindicalista estima que essas unidades têm em torno de mil
funcionários. “O compromisso da rede conosco é que nenhum funcionário
será demitido por conta do fechamento de lojas”, afirma. Esses
funcionários serão absorvidos por outras unidades do Walmart. O problema
é que essas transferências devem ser, na maioria dos casos, para outras
cidades. “Os que não concordarem com a transferência serão demitidos,
mas receberão curso de capacitação para conseguir outro emprego”, disse
Patah.
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