Em mensagem para a presidente, vice apontou 'fatores reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB'. Apesar do tom, carta não propôs rompimento
"Diante da informação de que a presidente o procuraria para conversar, Michel Temer resolveu apontar por escrito fatores reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB", disse a Vice-Presidência. "Ele rememorou fatos ocorridos nestes últimos cinco anos, mas somente sob a ótica do debate da confiança que deve permear a relação entre agentes públicos responsáveis pelo país."
Temer apresenta plano do PMDB a empresariado de SP
'Não sou conspirador do impeachment', diz Eliseu Padilha
Temer vinha mantendo um silêncio público desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou pedido de abertura de impeachment contra Dilma na quarta-feira. Nos últimos dias, Dilma tem repetido reiteradamente ter confiança em Temer. De acordo com uma fonte ligada ao vice, as declarações foram interpretadas pelo peemedebista como uma cobrança pública de lealdade, algo que o incomodou.
Aliado - Também nesta segunda-feira, o ministro demissionário da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Eliseu Padilha, um dos aliados mais próximos de Temer, negou que tenha deixado o ministério na semana passada, após o acolhimento da denúncia contra Dilma na Câmara, para ajudar na deposição da presidente. "Quem conhece o presidente Michel Temer e me conhece sabe que conspiração não cabe no nosso vocabulário", afirmou Padilha.
(Com agência Reuters)
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