quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Inflação oficial é a maior para novembro desde 2002, diz IBGE

09/12/2015 09h00 - Atualizado em 09/12/2015 09h31

IPCA ficou em 1,01% em novembro depois de avançar 0,82% em outubro.
No acumulado em 12 meses, índice passa de 10% e é o maior em 12 anos.

Anay Cury e Cristiane CaoliDo G1, em São Paulo e no Rio

A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 1,01% em novembro, depois de chegar a 0,82% no mês anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para novembro desde 2002, quando atingiu 3,02%.
IPCA DE JANEIRO A NOVEMBRO
acumulado, em %
10,228,746,685,312,653,695,613,935,255,975,014,955,689,62Ano 2002Ano 2003Ano 2004Ano 2005Ano 2006Ano 2007Ano 2008Ano 2009Ano 2010Ano 2011Ano 2012Ano 2013Ano 2014Ano 20150102,557,512,5
Fonte: IBGE
O maior impacto no avanço geral de preços partiu do grupo de gastos com alimentos e bebidas, que ficaram 1,83% mais caros de outubro para novembro.
No ano, de janeiro a novembro, a inflação acumula alta de 9,62% - a maior para esse período desde 2002. Naquele ano, o IPCA havia ficado em 10,22%. Em 12 meses, o indicador está em 10,48%, bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5% ano ano. Essa variação também é a mais intensa desde novembro de 2003, quando atingiu 11,02%.
Individualmente, o que mais pesou no bolso do consumidor foi o aumento de preços dos combustíveis. O valor do litro da gasolina subiu 3,21% em novembro, ainda reflexo do reajuste de 6% autorizado pela Petrobras desde setembro.
Com o aumento do preço da gasolina, os outros combustíveis acabaram tendo seus valores reajustados também. Enquanto o custo do litro do etanol aumentou 9,31%, o do óleo diesel subiu 1,76%.
Mesmo com a pressão do aumento desses gastos, o grupo de despesas relativos a transportes, do qual fazem parte, viu sua taxa desacelerar, de 1,72% em outubro para 1,08% em novembro.
Nos alimentos, os itens comprados para consumo dentro de casa subiram 2,46% e as refeições fora de casa ficaram quase 10% mais caras. Entre os destaques de alta estão a batata-inglesa (27,46%), o tomate (24,65%), o açúcar cristal (15,11%) e o refinado (13,15%).

 

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