16 de dezembro de 2015
Uma
declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva causou completo
mal estar em Portugal. Tudo porque, para justificar os atrasos na
educação brasileira, ele recorreu aos tempos de colonização.
“Eu
sei que isso não agrada aos portugueses, mas Cristóvão Colombo chegou a
Santo Domingo em 1492, e em 1507 já tinha sido criada uma universidade
lá. No Peru em 1550, na Bolívia em 1624. No Brasil, a primeira
universidade surgiu apenas em 1922”, declarou Lula durante conferência
em Madri, na Espanha.
A
declaração imediatamente repercutiu de maneira negativa em Portugal,
responsável pela colonização do Brasil. Nas redes sociais, portugueses
criticaram tanto o ex-presidente brasileiro que o assunto chegou entre
os tópicos mais comentados do país.
Mais
do que isso, boa parte da imprensa portuguesa repercutiu negativamente a
declaração. O portal Observador, um dos principais de Portugal, agiu
com ironia e afirmou que “Brasileiro burro? A culpa é do Álvares Cabral,
diz Lula”.
Mesmo
com a repercussão negativa, o ex-presidente não se manifestou mais
sobre o assunto depois da declaração em questão. A principal crítica dos
portugueses está no fato de que o Brasil não é mais colônia há dois
séculos, o que implica em ter que assumir suas falhas estruturais.
E
a fala de Lula não está completamente certa, no final das contas. As
primeiras universidades do Brasil realmente surgiram no começo do século
20, com a Universidade do Paraná em 1912 e a Universidade do Rio de
Janeiro em 1920. Mas, no período colonial, existiam instituições de
ensino superior no país, como a Real Academia de Artilharia,
Fortificação e Desenho, que data de 1792, e a Faculdade de Medicina da
Bahia, que é de 1808.
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