Em entrevista a rádio, governador de São Paulo relatou solicitação de grupos de esquerda por protestos no mesmo local onde haverá manifestação a favor do impeachment da presidente
O
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta
terça-feira que não será permitido ato pró-Dilma Rousseff e Lula no
próximo domingo na Avenida Paulista, data em que grupos que defendem o
impeachment da petista organizam uma manifestação.
A determinação de que grupos de esquerda, como a CUT e o
MST, não poderiam se manifestar na avenida localizada na área central de
São Paulo neste domingo já havia sido anunciada pelo secretário de
Segurança do Estado, Alexandre de Moraes, sob alegação de que a
manifestação pró-impeachment foi marcada antes e é preciso todo cuidado
para evitar o confronto entre grupos antagônicos.
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Em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta manhã, Alckmin disse
que a segurança dos manifestantes está garantida no domingo e que não
serão permitidos atos pró e contra o impeachment nos mesmos local e
horário. "Nossa posição é extremamente clara, temos que apressar uma
decisão, o Brasil não aguenta mais uma espiral recessiva sem
precedente", afirmou o tucano. "Havia uma solicitação para ter uma outra
manifestação no sentido contrário e dissemos: no mesmo local não pode.
Esse pleito a favor do impeachment e contra a corrupção já estava
pré-agendado há mais de um mês, não tinha nada a ver com a operação
ocorrida na semana passada (condução coercitiva de Lula)", disse
Alckmin, em referência à 24ª fase da Lava Jato, a Operação Aletheia.
"É direito constitucional o direito à manifestação, mas é dever do
poder público garantir a tranquilidade e a manifestação da população, a
polícia está preparando um trabalho pormenorizado", disse o governador.
Sobre a condução coercitiva de Lula para depor no âmbito da Lava
Jato, o tucano disse à rádio que o ex-presidente não deveria usar
subterfúgio para fugir da Justiça. "Todos são iguais perante a lei,
aliás, quem foi presidente, governador, prefeito tem até mais
responsabilidade e mais dever do que o cidadão comum em prestar conta
porque conhece a lei e sabe o que pode e não pode".
(com Estadão Conteúdo)
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