16/04/2016 - 06h00 - Hoje em Dia
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Andrade não inclui, em sua avaliação crítica, o governador Fernando Pimentel, que, além de ser petista, é amigo pessoal da presidente, e contou que a procurou pessoalmente para buscar ajuda e não foi recebido por ela. Em caso de mudança de governo, com a ascensão do vice-presidente Michel Temer, que é presidente nacional (licenciado) do PMDB, Andrade disse que ficará “muito mais fácil” para o Governo de Minas. “Eu serei a ponte, nós, do PMDB, seremos a ponte do Governo de Minas com Michel Temer, que fará um governo com alianças”, disse ele, convencido de que o destino da presidente já estaria selado.
“Ela sairá derrotada domingo na Câmara dos Deputados. Perdendo ali não terá como se recuperar no Senado, onde o quórum é menor (para derrubá-la são 54 votos) do que na Câmara (342)”. Andrade ainda fez piada com as desvantagens históricas de Minas perante o Rio de Janeiro, dizendo que o ex-governador Aécio Neves (PSDB) também gostava mais do Estado vizinho. De acordo com o vice, Dilma não atendeu aos pleitos de Minas, alegando dificuldades, mas foi mais generosa com o Rio de Janeiro em termos de obras e verbas, sem apontar quais.
“PT tem que se controlar”
Ainda na conversa com este jornalista, o vice-governador descartou influência do rompimento federal entre o PMDB e o PT sobre outros estados, especialmente Minas Gerais. Admitiu, no entanto, que poderá haver dificuldades caso o PT mineiro, por meio de seus deputados estaduais, tragam a crise política nacional para cá. “Depende do PT. Eles têm que segurar. Caso contrário, ficará difícil”, advertiu Andrade, reconhecendo que, se depender do governador, não haverá dificuldades.
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