Greve dos transportadores terminou nesta quinta-feira (23), mas escassez nos postos ainda dura uns dias; em apenas três dias de paralisação, R$ 110 milhões deixaram de ser vendidos
PUBLICADO EM 24/06/16 - 03h00
A greve dos transportadores de combustíveis
terminou nesta quinta-feira (23), mas a dificuldade para abastecer na
região metropolitana de Belo Horizonte deve continuar até segunda-feira,
segundo o diretor do sindicato dos postos (Minaspetro), Bráulio Chaves.
O movimento começou na madrugada de terça-feira e, na tarde de
quarta-feira já faltava combustível. As perdas foram muito além do
inconveniente de não conseguir encher o tanque. Em apenas três dias de
paralisação, cerca de R$ 110 milhões de etanol, gasolina e diesel
deixaram de ser vendidos. A estimativa considera a média diária de
litros comercializados e o preço médio em Minas Gerais, segundo dados da
Agência Nacional de petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
“Centenas de postos foram fechados no Estado
porque ficaram sem estoque. Vai voltar aos poucos, mas ainda demora até
segunda-feira para normalizar totalmente”, afirma Chaves.
Ontem, os postos que ainda tinham algo para
vender, ficaram lotados. O designer gráfico Thiago Nascimento Diniz foi a
sete postos, em regiões diferentes de Belo Horizonte. “Quatro estavam
fechados e os outros estavam com filas enormes”, conta ele, que só
abasteceu na sétima tentativa.
Quando ainda tinham combustível para vender,
a orientação dada aos clientes, na maioria dos postos era praticamente
padrão. “Aproveita para encher o tanque, porque está acabando”, falavam
os frentistas.
Alívio. Ontem, os
tanqueiros se reuniram com representantes do Estado e das
distribuidoras. “Com a abertura das negociações, a manutenção da greve
não se faz necessária, evitando o desabastecimento e, consequentemente,
prejuízos à população”, afirma a diretoria do Sinditanque.
O fim da greve dos tanqueiros foi um alívio
para consumidores em geral e para todos os setores. Por meio de nota, o
Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano
(Sintram) informou que já enfrentava sérias dificuldades manter a frota
integralmente em circulação.
O presidente do Sindicato da União
Brasileira de Caminhoneiros, José Natan, disse que com mais dois dias de
greve, o abastecimento de todos os produtos estaria gravemente
comprometido.
O que deixou de ser comercializado em 3 dias de paralisação
R$ 54,4 miCusto dos 18,2 milhões de litros de diesel não vendidos.
R$ 45,4 mi
Custo de 12,3 milhões de litros de gasolina não vendidos.
R$ 9 miCusto de 12,3 milhões de litros de gasolina não vendidos.
Custo de 3,6 milhões de litros de etanol não vendidos.
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