terça-feira, 21 de junho de 2016

Iniciado ontem, inverno em Minas Gerais será o mais frio em anos

Inverno que começou oficialmente ontem registrará temperaturas mais baixas que nos últimos anos em BH e Minas, prevê meteorologista. Chuva deve ficar abaixo da média

Portal Uai - Estado de Minas
postado em 21/06/2016 06:00 / atualizado em 21/06/2016 07:44
Pedro Ferreira
A estação mais fria do ano chegou às 19h34 de ontem, horário oficial de Brasília, e a tendência para Belo Horizonte e interior do estado é de temperaturas mínimas abaixo das médias históricas registradas nos últimos anos. Na capital, os termômetros podem marcar abaixo de 13,1 graus durante a madrugada, que é a média histórica. Em agosto, a mínima pode ser inferior a 14,4 graus. Já em setembro, o calor vai aumentar um pouco com a aproximação da primavera e a mínima deve ficar em torno ou abaixo da média para o mês, que é de 16,2 graus. Uma das características do inverno são os dias mais curtos e noites mais longas, devido ao evento astronômico conhecido por solstício de inverno, ou seja, o período em que o hemisfério norte está mais inclinado em direção do sol.

“Devemos ter chuva ligeiramente abaixo da média climatológica para Belo Horizonte e região metropolitana. É possível que ocorram algumas chuvas isoladas. Já a temperatura deve ficar ligeiramente abaixo da média histórica sobre o estado de Minas Gerais, com três ou quatro ondas mais intensas de frio”, informa Natália Cantuária, meteorologista do Centro de Climatologia PUCMinas/TempoClima.

As temperaturas máximas para este inverno em Belo Horizonte devem ficar em torno de 24,6 graus para julho, 26,5 para agosto e, para setembro, 27,2 graus. “Já começa a esquentar em setembro com o início da primavera no final do mês”, disse Natália. Em relação ao ano passado, a tendência é que seja um inverno mais rigoroso. “O inverno inicia agora oficialmente, mas já estamos com as características do inverno há alguns dias”, lembrou.

EL NIÑO FRACO Ainda de acordo com a especialista, ainda há a configuração do El Niño, fenômeno provocado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e que provoca uma massa de ar quente que impede a entrada da massa de ar polar na Região Sudeste do Brasil, vinda do Polo Sul, passando pela Argentina. “O El Niño está enfraquecendo, mas continua com predomínio. No segundo semestre deste ano, é esperado que ele entre em condições de neutralidade. Agora, no inverno, a possibilidade é maior de fenômenos como frentes frias e de massas de ar frias de origem polar. Isso favorece o declínio das temperaturas”, explica a meteorologista.

Natália alerta que os meses de julho, agosto e setembro são marcados pelo aumento do número de incêndios florestais devido aos baixos índices de umidade do ar, que deve ficar abaixo dos 30%. “Isso já é esperado para esse período do ano, que é seco. A tendência é que esses índices continuem baixos e já estamos em alerta nos últimos dias. Na capital, estamos tendo umidade relativa do ar abaixo de 30%”, alerta a especialista, ressaltando alguns cuidados básicos para a população, como evitar atividade física entre 11h às 15h e beber bastante água.

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