21/06/2016 - 06h00- HD
/
Orion Teixeira é jornalista político. Escreve de terça-feira a domingo neste espaço.
Não dá para saber – embora os sinais sejam fortes – se esse será o programa que seguirá caso seja efetivado após o processo de impeachment. Hoje, o interino Michel Temer (PMDB) trabalha somente para garantir os votos de 55 senadores, que derrubariam, definitivamente, a possibilidade de retorno de Dilma, e para ter o apoio do mercado financeiro.
Do outro lado, o PT e aliados e os movimentos sociais articulam ampla campanha de desgaste (“Fora Temer”) que alcançaria seu ápice na abertura das Olimpíadas, em agosto. Além dessa convergência a uni-los, falta a esse grupo maior clareza sobre o dia seguinte, ou seja, em quais condições e como Dilma voltaria.
As propostas são diversas e divergentes, desde a convocação de um plebiscito sobre novas eleições (presidenciais ou gerais); convocação de Constituinte e reforma política. O próprio PT não está seguro disso. O ex-presidente Lula defende, por exemplo, que a saída seria o retorno de Dilma, com divulgação de carta à Nação, reassumindo compromissos com o programa que a reelegeu e uma autocrítica, reconhecendo os erros cometidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário