Da Redação*
Militares saíram do Clube dos Oficiais e marcharam até a Praça da Assembleia
Policiais militares de Minas Gerais, tanto do interior como da capital, decidiram nesta segunda-feira (19), durante manifestação contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257, que prevê regras para a renegociação de dívidas dos estados com a União, aderir a uma paralisação geral no Estado. De acordo com a Associação dos Militares Estaduais de Minas Gerais (Ámem), os policiais não sairão para a rua até segunda ordem.
A Ámem informou que a decisão foi tomada após uma votação com os militares presentes na manifestação. De acordo com a associação, os militares responderão normalmente a chamadas nos quartéis, mas não sairão às ruas, o que significa que ficarão aquartelados, segundo eles, até que a decisão seja revogada.
Por telefone, o chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar, capitão Flávio Santiago, informou que a decisão não é institucional. "O alto comando participou e apoiou a manifestação desta segunda-feira, mas a paralisação não é uma decisão institucional, é uma decisão por conta das próprias lideranças das associações", afirmou.
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A votação
O projeto de renegociação de dívidas foi aprovado na semana passada pelos parlamentares do Senado Federal e será votado nesta segunda-feira pelos deputados. Caso também seja aprovado pelos deputados, o projeto, denominado por muitos como "pacote de maldades", limita os estados a gastarem apenas o teto do índice de inflação pelos próximos dois anos.
Militares temem que a estrutura para o exercício da profissão seja fatalmente comprometida, visto que pode causar congelamentos de salários e promoções dos servidores. "Vamos perder todos os nossos direitos caso esse projeto seja aprovado. Nós já temos uma carga horária mais extensa do que o regime seletista. Você fica uma vida inteira defendendo a sociedade, maculando a sua saúde física e mental, troca tiros, é um verdadeiro sacerdócio. Se perdermos os direitos que temos, quem vai ficar interessado em ser militar? Vamos ficar sem segurança?", questionou o capitão Santiago.
Militares temem que a estrutura para o exercício da profissão seja fatalmente comprometida, visto que pode causar congelamentos de salários e promoções dos servidores. "Vamos perder todos os nossos direitos caso esse projeto seja aprovado. Nós já temos uma carga horária mais extensa do que o regime seletista. Você fica uma vida inteira defendendo a sociedade, maculando a sua saúde física e mental, troca tiros, é um verdadeiro sacerdócio. Se perdermos os direitos que temos, quem vai ficar interessado em ser militar? Vamos ficar sem segurança?", questionou o capitão Santiago.
*Com Mariana Nogueira, sob a supervisão de Mateus Rabelo
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