segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Polícia investiga se soldado teve algum surto psicótico

Homicídios

Única pista é mensagem que jovem deixou ao irmão dizendo que ouviu vozes

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Mortes da namorada e da sogra ocorreram na madrugada de sábado; já as do jovem e da mãe foram nesse domingo (13)

PUBLICADO EM 14/08/17 - 03h00
A motivação para a sequência de assassinatos cometidos pelo soldado da Polícia Militar (PM) Igor Quintão Vieira, 23, ainda é uma mistério. A única pista é uma mensagem que ele enviou para o irmão após matar a namorada e a sogra, em Divinópolis, na região Central do Estado, e pouco antes de matar a mãe em Rio Pomba, na Zona da Mata. No texto, ele afirma que ouviu vozes que o teriam impelido a fazer algo terrível e que mataria a mãe para ela não sofrer com o que havia feito. A possibilidade de ter tido um surto psicótico é uma das linhas de investigação da Polícia Civil.

De acordo com o delegado regional de Divinópolis, Leonardo Pio, amigos e familiares afirmaram que o soldado não fez queixa de nenhum problema. Ele frequentava normalmente o curso de formação de sargentos, onde, um ano atrás, conheceu a namorada, também soldado, Aline Guimarães Rodrigues, 34.

O relacionamento começou há cerca de três meses, e também não existem relatos de brigas. “Ele veio para Divinópolis para conhecer a família da namorada. Eles chegaram à casa da família de Aline por volta das 20h. O assassinato dela e da mãe ocorreu em torno das 2h30 de sábado”, conta o delegado. Ele diz que vai ouvir mais pessoas nos próximos dias.

Após matar a namorada e a sogra, Elisabete Guimarães Rodrigues, 66, Igor foi para sua cidade natal, Rio Pomba, a cerca de 300 km de Divinópolis. Ele chegou à casa da mãe, EloísQuintão Vieira, 48, por volta das 7h de sábado. Lá, ele a matou e, em seguida, atirou em sua própria cabeça.

A Delegacia de Mulheres também trabalhará nas investigações dos crimes, já que o crime poderá ser enquadrado em feminicídio.
Vítimas estariam dormindo
Segundo informações iniciais da perícia da Polícia Civil, todas as vítimas do soldado Igor Quintão Vieira, 23, dormiam quando foram assassinadas. “A perícia aponta para um tiro dado à queima-roupa, na altura do ouvido das vítimas. Ao que tudo indica, todas as mulheres estavam dormindo quando foram mortas”, afirma o delegado Leonardo Pio.

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