NEONAZISMO
Donato Di Mauro, skinhead assumido, já foi preso duas vezes por outros crimes de violência
DA REDAÇÃO
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Uma imagem que está circulando nas redes sociais nesta sexta-feira (5) indigna os internautas. Na foto, Donato di Mauro, 25, aparece enforcando um morador de rua com uma corrente na praça da Savassi, na região Centro-Sul da capital. O próprio Donato foi quem postou a imagem em seu perfil, com a legenda: "quer fumar crackinho, quer? em meio a praça pública cheia de criança? acho que não".
Segundo a denúncia de um internauta - que pediu para não ser identificado, Donato apagou a postagem, mas ela foi disseminada após uma outra pessoa salvar a foto e compartilhá-la nas redes sociais. Ainda segundo o internauta, o agressor, que é assumidamente skinhead (conhecidos por sua intolerância com minorias), já foi denunciado diversas vezes por esta e outras atitudes preconceituosas. Ele também seria amigo dos estudantes de direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) responsáveis pelo trote em que amarraram os caulouros e utilizaram símbolos racistas e nazistas, em março deste ano.
No perfil de Donato no Facebook, que ele cancelou nesta sexta-feira (5) logo após a repeurcussão na mídia, era possível visualizar diversas imagens e postagens de conotação racista e preconceituosa. Em uma delas, uma criança que está em seus ombros faz o símbolo de exaltação do nazismo.
Ele já foi preso uma vez, por ter esfaqueado um homossexual na Praça da
Liberdade, e outra vez em São Paulo, quando fazia parte de um grupo que
agrediu skatistas na avenida Paulista. Nas duas vezes ele foi liberado
após a prisão.
Após ser questionado pela reportagem, Donato postou em sua página na
rede social a seguinte mensagem: "Não tenho NADA a dizer a vocês da
mídia, aonde claro, sempre vão distorcer tudo. Não me procurem mais, não
terão a entrevista para vender suas mentiras com seus jornaizinhos
baratos cheios de sangue."
Em outra imagem do seu perfil no facebook, um menino aparece nos ombros de Donato fazendo o símbolo de exaltação nazista
Essa tribo urbana, da qual Donato diz fazer parte, não é pequena e tem
agido com frequência na capital. Um jovem estudante da UFMG, que pediu
para não ter sua identidade revelada por medo de represália, contou à
eportagem que já foi vítima de um desses grupos. No final de 2011, o
rapaz, que é homossexual, andava com um amigo negro pelas ruas do centro
da capital, por volta das 22h em um domingo, quando foi espancado.
"Eles chegam de repente, batem e depois saem gritando que são
skinheads", narrou. O jovem chegou a registrar um Boletim de Ocorrência
(B.O.), mas até o momento nenhuma providência foi tomada.
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