quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Novos modelos de cédulas reduzirão risco de falsificação, afirma Mantega

Notas de R$ 50 e R$ 100 terão novos modelos ainda no 1º semestre.
Cédulas terão diferentes tamanhos, para ajudar deficientes visuais.

Alexandro Martello Do G1, em São Paulo

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As notas da "segunda família" do real seguirão um padrão internacional que dificultará a falsificação, afirmou nesta quarta-feira (3) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o lançamento dos novos modelos das notas de real. Para ele, os novos modelos de notas também auxiliam na "internacionalização" da moeda brasileira.

As cédulas de R$ 50 e R$ 100 serão modificadas ainda no primeiro semestre de 2010, enquanto as demais (R$ 2, R$ 5, R$ 10 e R$ 20) serão substituídas até 2012, conforme as notas ficarem velhas e terem de sair de circulação.

"O objetivo é que sejam muito seguras. Estaremos emitindo cédulas de última geração, que são compatíveis com as cédulas mais modernas em circulação no mundo, como o euro [e] a nova família de dólares", afirmou o ministro.

Por conta do fortalecimento da moeda brasileira, Mantega diz que o país também tem de se preparar para que o real seja mais utilizado no mercado internacional. "Já começa a haver demanda para que [a moeda brasileira] possa ser utilizada fora do país", disse.

Tamanhos

O Banco Central informou ainda que as novas cédulas atenderão a uma demanda dos deficientes visuais, que tinham dificuldades em identificar os valores nas notas atualmente em circulação.

"Com tamanhos diferenciados e marcas táteis em relevo aprimoradas em relação às atuais, a nova família de cédulas facilitará a vida dessa importante parcela da população", informou a instituição.

Substituição gradual

Segundo o BC, apesar de as novas notas de R$ 100 começarem a circular ainda neste semestre, as antigas continuarão a valer, devendo ser totalmente substituídas em até dois anos. "Esse é o tempo de substituição por conta do desgaste das cédulas", explicou Anthero Meirelles, diretor do BC.

Ele informou que as novas notas custam de 25% a 28% a mais do que os modelos antigos. Somente em 2010, a autoridade monetária estima gastar R$ 300 milhões com o processo de substituição das cédulas.

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