Durante as conversas, Kumlehn criticou delegados e intensificou briga entre as polícias no Estado
Fábio Bispo @fabiobispo_nd Florianópolis |
Divulgação/PM/ND
Coronel sugeriu que delegado e promotor mantinham relações sexuais
As declarações preconceituosas e
homofóbicas do tenente-coronel Rogério Luiz Kumlehn, gravadas
anonimamente durante uma reunião com subordinados em Jaraguá do Sul,
acirraram a briga institucional entre as polícias Militar e Civil. O
teor do áudio, atribuído ao comandante do 14º Batalhão da Polícia
Militar, ofende diretamente delegados e um promotor da cidade, com
palavras de baixo calão.
Após a divulgação do conteúdo do
áudio, na manhã desta terça-feira (16), o secretário de Segurança
Pública César Grubba oficializou a exoneração do comandante, que deve
ser transferido para função administrativa em Florianópolis.
As gravações foram feitas com um
telefone celular e encaminhadas à Delegacia Regional de Polícia de
Jaraguá do Sul e ao promotor de Justiça Márcio André Cota, há cerca de
dez dias. Na última semana, o texto foi publicado na rede interna da
Polícia Civil e distribuído a todos os delegados do Estado.
Em alguns trechos, Kumlehn
conta aos outros policiais militares que recebeu um ofício assinado por
quatro policiais civis, e comenta que “o delegado é a quinta essência do
cocô do cavalo do bandido”. Na mesma conversa Kumlehn insinua, de forma
pejorativa, que o delegado Adriano Spolazor mantém relações
homossexuais com o promotor Márcio André Cota.
Fonte: http://noticiadacaserna.blogspot.com/
Em nota oficial, Grubba tratou o
caso como “isolado”. Como medita cautelar, além da exoneração,
determinou imediatamente a abertura de IPM (Inquérito Policial Militar)
para apurar a conduta do oficial.
Kumlehn
disse que desconhece a formalidade da gravação e não quis comentar se
foi traído. “O comandante geral já tomou a decisão que tinha que tomar,
cabe a mim acatar”, afirma. Ele deve assumir função na 1a Região da PM.
Fernando Mendes/ND
Hendges apresentou denúncias contra a PM e chamou de
"aberração jurídica" atuação dos militares
Delegados repudiam declarações
Mais de 30 delegados da região
da Grande Florianópolis se reuniram na tarde de ontem, na Capital, para
se manifestarem contra a postura do oficial da Polícia Militar e
discutir as interferências da Polícia Militar nos trabalhos da Polícia
Civil. “Isso não é algo pontual, está institucionalizado na PM”,
desabafou Renato Hendges, presidente da Adepol (Associação dos Delegados
de Polícia de Santa Catarina).
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