Flávia Ayer -E.M
Na década de 1960, Belo Horizonte assistiu ao corte
de árvores até então mais polêmico de sua história. Na madrugada de 20
de novembro de 1963, cerca de 350 fícus foram cortados da Avenida Afonso
Pena, na Região Centro-Sul. Oficialmente, a derrubada do corredor verde
era justificada pela proliferação dos insetos Gynaikothrips ficorum, os
tripes, batizados popularmente como “amintinhas”, numa referência ao
então prefeito de BH, Amintas de Barros (1959 a 1963). Outra versão, no
entanto, aponta que a eliminação das árvores seria, na verdade, para
alargar a Afonso Pena e dar lugar aos automóveis que chegavam às ruas,
com o crescimento vertiginoso da capital, que passava de 350 mil
habitantes na década de 1950 para 700 mil 10 anos depois.
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