CENSO
O levantamento aponta ainda que Minas tem quatro entre os cem maiores aglomerados de todo país. O número um no Estado e 24° no ranking nacional é o Jardim Teresópolis, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, com uma população de 23.107. Os outros três na lista dos cem maiores estão na capital: Cabana do Pai Tomás, na região Oeste, Conjunto Taquaril e Alto Vera Cruz, ambos na região Leste da capital, ocupando respectivamente o 50°, 64° e 77° lugares. A campeã do Brasil é a Rocinha, no Rio de Janeiro, que lidera a lista com 69.161 habitantes.
Para o demógrafo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Alisson Barbieri, o levantamento deve servir de base para o poder público na elaboração de políticas sociais. "A pesquisa é importante porque identifica pontos críticos e as necessidades principais dos aglomerados. O governo pode então desenvolver políticas pontuais. Pensando sempre que essa é uma população que, geralmente, é carente dos serviços básicos e apresenta uma alta vulnerabilidade socioeconômica", avalia.
A auxiliar de serviços gerais Marlene Batista, de 50 anos, vive no Jardim Teresópolis há 32 anos e conta que ainda tem algumas dificuldades, mas que a qualidade de vida no aglomerado melhorou muito desde o início, quando os serviços públicos básicos não existiam. "Quando eu cheguei aqui, na década de 80, não tinha água, luz ou esgoto", conta. Hoje, ela afirma que a situação está muito melhor e que pretende ver os netos crescendo no bairro, assim como criou os filhos.
169 áreas em BH
O estudo apontou que mais de um terço dos aglomerados de Minas estão na capital mineira. São 169 áreas entre favelas, comunidades, vilas e invasões. Com 13% da população vivendo nessas áreas, Belo Horizonte supera o percentual de Vitória, com 8,1% e o de São Paulo, com 11,4%. No entanto, o índice está abaixo do Rio de Janeiro, que apresenta 22,2%. De acordo com o IBGE, esse é o primeiro levantamento específico de aglomerados. (IC)
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