quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PMs são suspeitos de matar advogada e corretor por vingança


Segundo a polícia, Rita Inês Ribeiro teria deixado uma carta com o nome de quatro pessoas que a estariam ameaçando

A Polícia Civil de Ouro Preto, na Região Central do Estado, prendeu, nesta quarta-feira (14), três suspeitos do assassinato da advogada Rita Inês Ribeiro, de 56 anos, e do corretor de imóveis Fabiano Barros Soares, de 33.
Segundo a polícia, a mulher teria deixado uma carta com o nome de quatro pessoas que a estariam ameaçando. Os suspeitos seriam dois policiais militares – o capitão A.C. e o sargento G.B. – e um morador de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto. Os nomes não foram confirmados oficialmente. Até o início, o quarto suspeito ainda não havia sido localizado. Os três estão detidos na delegacia do município.
A Polícia Civil investiga o duplo assassinato como execuções sumárias por vingança. A advogada teria vendido, de forma ilegal, terrenos que já estavam ocupados por outros compradores. A polícia está investigando denúncias de que Rita Inês teria recebido ameaças de morte após a suposta venda desses terrenos para inúmeras pessoas no município. A mulher teria gravado um vídeo com informações sobre as ameaças e o enviado para o Ministério Público local, que não informou se já examinou o conteúdo do documentário.
Os corpos foram encontrados às 14 horas de terça-feira (13), dentro de um quarto de uma casa que a advogada possuia no Condomínio Dom Bosco. Eles só foram descobertos porque um vizinho, conhecido de Rita Inês, desconfiou do desaparecimento dela e do corretor, que estavam sumidos desde sábado (10). Ao se aproximar da residência e sentir mau cheiro, ela entrou no local e encontrou a advogada e o corretor mortos.
Os corpos de Rita Inês Ribeiro e Fabiano Barros Soares foram sepultados nesta quarta-feira (14), em horários diferentes, no Cemitério Parque da Saudade, nessa cidade, depois de liberados após exames de necropsia.
Peritos da Criminalística que estiveram na casa da advogada constataram que a mulher e o corretor foram mortos com apenas um tiro disparado de curta distância na nuca, não sendo encontrado nenhum outro ferimento nos corpos. O corpo do corretor foi encontrado sobre uma cama de casal, no quarto da advogada, enquanto o de Rita Inês estava no chão, entre a cama e a porta.
Um testemunha, que já foi ouvida em cartório, contou para a polícia que viu a advogada discutindo com um estranho, perto da casa dela, no dia do crime.

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