TODOS DO 22º BATALHÃO
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ANA CLARA OTONI
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Um inquérito policial militar foi aberto nesta terça-feira (5) para
apurar se três policiais militares deram falso testemunho após uma
audiência realizada nessa segunda-feira no Fórum Lafayette. Um cabo e
dois soldados que tiveram o nome omitido pelo 22º Batalhão da Polícia
Militar, onde são lotados, chegaram a ser presos nessa segunda. Eles
eram ouvidos por um juiz da Vara de Tóxicos sobre a prisão de um
traficante ocorrida em fevereiro deste ano. "O juiz deve ter
identificado alguma contradição no depoimento dos três e, por isso,
decratado a prisão por falso testemunho", disse o tenente-coronel Luiz
José Francisco Filho, que responde pelo 22º Batalhão.
De acordo com a assessoria do Fórum Lafayette, o juiz Edson Feital
Leite, da 2ª Vara de Tóxicos, não decretou a prisão dos militares.
Segundo a assessoria, os homens foram conduzidos à delegacia para
responderem pelo falso testemunho. Quando há a prisão de algum
traficante é praxe que os envolvidos na prisão do réu seja chamado a
depor para relatar os fatos ocorridos, conforme o tenente-coronel Filho.
Ele não soube informar o bairro onde ocorreu essa prisão e nem mesmo a
data correta desta ocorrência.
A Corregedoria da PM entrou em contato com o juiz para informá-lo sobre
a abertura de uma representação contra os policiais feitas pelo réu. O
suposto traficante denunciou os militares à Corregedoria porque, segundo
ele, os policiais forjaram uma situação para o prenderem. Os militares
contaram em juízo que o homem estava sozinho e portando drogas. Uma
testemunha que estava com o réu na data da prisão foi ouvida pelo juiz e
desmentiu o fato. A sindicância da Corregedoria apurou que o réu, de
fato, não portava drogas no dia da prisão e estava acompanhado. O juiz
absolveu o homem do crime de tráfico de drogas, apartir dos
acontecimentos.
Segundo ele, os militares nunca apresentaram desvio de conduta durante
suas atividades. Os policiais são de uma mesma guarnição e foram
encaminhados para a 1ª Delegacia Regional Sul e, em seguida, liberados,
conforme o tenente-coronel Filho. A Corregedoria da Polícia Militar está
acompanhando todo o processo desde a prisão até a condução dos
policiais e, agora, apura se houve alguma irregularidade por parte dos
policiais.
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