A Taser – a fabricante de pistolas que emitem descargas elétricas – desenvolveu um interessante mecanismo de monitoramento de ações policiais, a AXON Flex,
uma câmera que registra todos os momentos da ação policial, em todos os
detalhes, garantindo que após as ocorrências a justiça ou as
corporações policiais possam se certificar do que ocorreu em determinado
momento sob o olhar do próprio policial.
Isto só é possível porque a AXON Flex fica “embutida” em partes do fardamento ou em equipamentos que o policial utiliza em seu cotidiano – óculos, capacete, gola da camisa, boné etc. Vejam o vídeo abaixo, que mostra algumas situações em que o equipamento pode ser utilizado:
O que é gravado pela câmera pode ser enviado em tempo real via Bluetooth para o celular do próprio policial. Além disso, a Taser criou um servidor em nuvem (armazenamento de dados online) chamado Evidence.com, onde todas as gravações podem ser acessadas conforme seja conveniente para a organização policial.
A Taser tem divulgado o produto afirmando que 90% do trabalho policial não ocorre na frente das viaturas, onde geralmente ficam situadas as câmeras de monitoramento do trabalho policial (pelo menos nos Estados Unidos ). Com uma autonomia de 12 horas sem precisar de recarga, a AXON Flex foi lançada nos EUA ao preço de $700,00 dólares (mais ou menos R$1.400,00 reais). Equipamento a princípio caro para as atuais demandas das polícias brasileiras, mas não distante de se adotar nos próximos anos – com a ressalva da perda de privacidade dos policiais, que nem sempre estão envolvidos com ocorrências no cotidiano do seu trabalho.
Uma garantia ao cidadão, que poderá provar que sofreu abuso, quando for o caso, e ao policial, que provará sua inocência, quando necessário.
Autor: Danillo Ferreira - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. | Contato: abordagempolicial@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário