Relembrando:
Bagé/RS - Na semana em que o Brasil
lembra os 47 anos do golpe militar de 31 de março de 1.964, o capitão do
Exército, José Mário Dias Soares Júnior, o Capitão Marinho, um dos
raros oficiais negros com essa patente, denunciou a Afropress que
continua a ser perseguido e discriminado pelo Comandante do 3º Batalhão
Logístico Presidente Médici, em Bagé, onde serve, Tenente Coronel Davi
Rodrigues.
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A perseguição, segundo o Capitão Marinho começou após a publicação do
livro “Exército na Segurança Pública: uma guerra contra o povo
brasileiro”, em que faz críticas ao envolvimento dos militares em ações
de Polícia, como no caso da participação do Exército e da Marinha na
recente invasão das favelas do Morro do Alemão e Vila Cruzeiro, no Rio.
Marinho já cumpriu oito dias de prisão por "motivos disciplinares" no
início deste ano. Ele disse que as restrições à sua liberdade são
contínuas, desde que se reapresentou, entre elas a proibição de se
ausentar da cidade sem autorização do comandante da unidade e de acessar
computadores na unidade. “Continuo sendo perseguido e discriminado no
meu quartel”, disse ao editor de Afropress, jornalista Dojival Vieira,
em conversa mantida por mais de 40 minutos no Facebook.
Por causa disso, o oficial negro entrou com duas representações no
Ministério Público Militar pedindo a apuração da prática de crime
militar por parte dos superiores hierárquicos, o que pode resultar,
inclusive, em sua expulsão do Exército.
Na última da representação, com data de 23 de março passado, o militar
revela que, por causa das perseguições, está sendo obrigado a se
submeter a tratamento para depressão, fato de conhecimento do
comandante. Também lembra no documento ao MPM que é responsável pelos
pais e uma irmã doente que vivem na Bahia, todos com saúde debilitada.
“A impressão que eu tenho é que querem que eu dê um tiro na minha
cabeça. Ou na cabeça de alguém”, desabafa.
Acesse o Artigo Original: http://www.uniblogbr.com/2012/09/relembrando-capitao-negro-se-diz.html#ixzz25RmJ7Sr3
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