quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dia do Sexo: Sexo e erotismo nas páginas dos livros para mexer com a imaginação

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06/09/2012
O sexo está presente em quase tudo na nossa vida. No cinema, passando pela música, nas opções de diversão e até mesmo na culinária. Na literatura não poderia ser diferente. Obras famosas trazem, em sua composição, o erotismo traduzido em palavras.
Nesta quinta-feira, dia 6 de setembro, quando se comemora o Dia do Sexo, o Portal HD separou cinco exemplos do que há na literatura mundial relacionado ao tema.
Para começar, uma das obras mais populares da humanidade, o texto do filósofo indiano Vatsyayana - Kama Sutra - se tornou referência para estudos sobre posições sexuais e a "arte" de fazer amor.
Mas ela não é a única publicação com o assunto em destaque. Poesias, romances, ação, crime, qualquer que seja o estilo, lá está sempre uma cena amorosa narrada de forma mais picante.
Para citar outro exemplo, em "Ensaio Sobre a Cegueira", de 1995, no meio do caos instalado por uma doença que se espalha pelo mundo, o escritor português José Saramago consegue inserir momentos que misturam violência e sexo.
Assim como Saramago, mas de um jeito mais explícito e quase assustador para os leitores mais recatados, Manuel Bandeira ousou transcrever momentos de excitação em "A Cópula", poesia de 1962, época que ainda guardava grande conservadorismo.
Já um dos best sellers da atualidade, "Cinquenta Tons de Cinza", da escritora Erika Leonard - que assina com o pseudônimo de E. L. James - usa do sadomasoquismo para tentar envolver o leitor. Com mais de 40 milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, o livro tem gerado polêmica pela forma como a autora trata o erotismo feminino.
E para fechar a nossa lista, não podia faltar uma dica mais "poética". O mineiro Carlos Drummond de Andrade nos presenteou com "O Amor Natural", publicado em 1992 com textos eróticos guardados por anos e que trazem à tona um lado mais despojado do poeta.
Confira o poema A Língua Lambe, que faz parte do livro de Drummond:

A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos.

*Por Milson Veloso

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